sábado, 2 de fevereiro de 2013

Hitchcock, o mago do suspense

Apelidado de "mago do suspense", Hitchcock se tornou um dos mais conhecidos e bem-sucedidos cineastas do mundo, gênero a que dedicou quase todos seus filmes.

Alfred Hitchcock nasceu em Londres em 13 de agosto de 1899. Estudou engenharia e começou a trabalhar no cinema em 1920, como criador de letreiros de filmes mudos e depois como roteirista.

Dirigiu o primeiro filme em 1925 e no ano seguinte iniciou, com The Lodger (1926), a série de películas de suspense que o fariam famoso. Blackmail (1929; Chantagem), seu primeiro filme sonoro, alcançou grande sucesso.

Depois de um período britânico, com filmes como The Thirty-nine Steps (1935; Os trinta e nove degraus) e The Lady Vanishes (1938; A dama oculta), Hitchcock prosseguiu a carreira nos Estados Unidos, onde sua primeira película, Rebecca (1940; Rebeca, a mulher inesquecível), ganhou o Oscar da Academia para melhor filme.

Posteriormente, realizou Suspicion (1941; Suspeita), com uma inesquecível cena final centrada sobre um copo de leite presumivelmente envenenado, e Notorious (1946; Interlúdio).

Na década de 1950, aperfeiçoou ao máximo suas técnicas de suspense em filme como Strangers on a Train (1951; Pacto sinistro), Rear Window (1954; Janela indiscreta), The Wrong Man (1959; O homem errado) e Vertigo (1959; Um corpo que cai), este último, na opinião de alguns críticos, sua obra-prima.

Hitchcock experimentou mais tarde novos recursos dramáticos e expressivos. Assim, por exemplo, em Psycho (1960; Psicose), o espetacular assassinato da protagonista ocorre logo no início do filme; em The Birds (1963; Os pássaros), o clima de terror é provocado por aves que, inexplicavelmente, começam de repente a atacar as pessoas. Em Torn Curtain (1966; Cortina rasgada) e Topaz (1969; Topázio), histórias convencionais de espionagem, expôs uma clara divisão maniqueísta entre o bem e o mal.

Hitchcock tornou-se uma figura familiar ao grande público ao apresentar na televisão, nas décadas de 1950 e 1960, relatos breves de suspense. Era costume do diretor fazer em seus filmes aparições fugazes, que podiam ir desde subir num trem com um violoncelo até cruzar a tela passeando com um cachorro. Morreu em 29 de abril de 1980 em Bel Air, Califórnia.

Fonte: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

Nat King Cole

Nat King Cole, nome artístico de Nathaniel Adams Cole (Montgomery, 17 de março de 1919 — Santa Mônica, 15 de fevereiro de 1965) foi o primeiro vocalista negro a ter um programa na televisão norte-americana. Nessa época (1956), o movimento pelos direitos civis não estava suficientemente mobilizado para influenciar a opinião pública do país na luta contra a segregação. Sua presença no vídeo comandando um show artístico representava importante passo no combate ao odioso preconceito racial.

No início dos anos cinqüenta os negros ainda eram impedidos de freqüentar escolas, restaurantes, teatros e hotéis utilizados por brancos, principalmente no sul do país. Por dois anos Cole liderou um programa semanal de grande audiência na rede NBC, transmitido de Los Angeles para todo o país, tendo de investir seus próprios recursos econômicos, por absoluta falta de patrocinadores. Inúmeros artistas negros e brancos, amigos de Nat, contribuíram financeiramente, entre eles, Sammy Davis Jr., Stan Kenton, Peggy Lee, Ella Fitzgerald e Johnny Mercer, além de não cobrarem por suas participações.

A exemplo de outros vocalistas negros, Cole começou cantando no coro da igreja batista onde seu pai era pastor, em Montgomery no Alabama. Aos quatro anos de idade muda-se com a família para Chicago - Illinois; seu pai fora transferido para uma paróquia da cidade. A partir dos cinco anos orientado por sua mãe que era pianista, aprende a tocar piano e órgão. Aos doze inicia estudos formais de música clássica e se envolve com o jazz estimulado por seu irmão mais velho, Eddie.

No início dos anos trinta, ouvir jazz em Chicago não era tarefa difícil. Lá estava o pai dos pianistas modernos Earl "Fatha" Hines que exerceria grande influência em sua formação musical. No limiar de 1936, depois de participar do trio formado por seus irmãos e de trabalhar, como pianista em clubes noturnos da cidade, é contratado pela revista musical "Suffle Along", percorrendo todo o país. Durante a "tournée" conhece uma das dançarinas da revista, Nadine Robinson, apaixonando-se por ela e casando-se em seguida. Anos mais tarde Cole casar-se-ia, pela segunda fez, com a vocalista da Big Band de Duke Ellington, Maria Ellington que não era parente de Duke. A revista chega a Los Angeles, um ano depois, em estado pré-falimentar. Desempregado, Cole decide fixar-se na cidade onde ganha a vida tocando seu piano em restaurantes e clubes noturnos.

As coisas começam a mudar ao conhecer os músicos Oscar Moore e Wesley Prince, convencendo-os a formarem um trio de jazz inovador com piano, guitarra e contra-baixo, iniciando as apresentações sob contrato no clube "Swanee Inn" de Hollywood, tocando um repertório de jazz e blues. Em poucos meses recebem propostas para apresentações em locais cada vez mais sofisticados. No ano seguinte (1939) gravam com a denominação de "King Cole Swingsters", acompanhando a cantora Bonnie Lake. Mais um ano de atividade e o trio é batizado, definitivamente, como "King Cole Trio", assinando contrato com o selo DECCA (hoje MCA), onde grava sua primeira faixa "Sweet Lorraine" com vocal de Cole. Em 1942, o prestígio do trio se consolida definitivamente e muda de gravadora, passando para a Capitol, selo no qual Cole permanece pelo resto de sua carreira.

Nos sete anos seguintes, as atividades de Cole se concentraram exclusivamente no trio, até que, por volta de 1946, faz sua primeira experiência cantando acompanhado por uma secção de cordas, ao gravar a composição de Mel Tormé "Christmas Song" no lado A e "For Sentimental Reasons" no lado B. Esse disco de 78 rotações alcançou a surpreendente marca de um milhão de cópias vendidas. A partir daí, a carreira como cantor solista começa a se delinear, abandonando a faceta de pianista de jazz, assumindo a de cantor. Cole emerge como grande intérprete - uma voz suave, quente e melodiosa, apoiado por arranjadores e maestros como Nelson Riddle, Gordon Jenkins, Ralph Carmichael, Pete Rúgolo e Billy May.

A confirmação absoluta de seu talento veio em 1950, quando acompanhado pela orquestra de Les Baxter e arranjos de Nelson Riddle, grava "Mona Lisa" (oito semanas consecutivas como a mais vendida), somando-se aos temas; "Too Young", "Because" You´re Mine", "Unforgettable", "Pretend", "When I Fall In Love" e "Stardust". Seguem-se retumbantes sucessos; "Walkin´My Baby, Back Home", "Ballerina", "Hajji Baba", "Nature Boy", "Blue Gardenia" e "Again".

Cole participou de várias películas produzidas em Hollywood, entre as quais destacamos, "Saint Louis Blues" de 1958 e "Cat Ballou" de 1965, ao lado de Lee Marvin e Jane Fonda.

Em 1959 Cole veio ao Brasil, apresentando-se na TV Record Canal 7 de São Paulo, recebendo verdadeira consagração de seus admiradores. Durante sua permanência em São Paulo, esteve acompanhado pelo homem de rádio, televisão e disco Roberto Corte Real que serviu de intérprete e cicerone em seus deslocamentos pela cidade. Segundo depoimento que o saudoso amigo Roberto me fez, Cole ficou tão agradecido pela atenção recebida que, jamais esqueceu de enviar-lhe um afetuoso cartão de boas festas por ocasião do Natal.

Em 1991, a filha Natalie gravou o tema "Unforgettable", cantando em dueto, uma mixagem tecnicamente perfeita a partir da gravação original feita por Nat no início dos anos 50.

Nat "King" Cole, a grande voz surgida após a 2a.Guerra Mundial, nos legou respeitável acervo de belas gravações realizadas para o selo Capitol. Destacado pianista de jazz e um vocalista inesquecível, Cole faleceu a 15 de fevereiro de 1965, aos 48 anos de idade, de câncer pulmonar.

Zaquia Jorge

Zaquia Jorge
Zaquia Jorge, atriz, empresária e vedete do teatro de revista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de janeiro de 1924, e faleceu na mesma cidade em 22 de abril de 1957.

Estreou no teatro, como girl, na Companhia de Walter Pinto. Mais tarde, já como vedete, foi para a Companhia Juan e Mary Daniel, no Teatro Follies, em Copacabana. Tornou-se, a seguir, empresária do Teatrinho de Bolso, na Praça General Osório, onde encenou várias peças, em 1951.

Em Madureira, na década de 1950, tornou-se proprietária do único teatro de rebolado do subúrbio carioca, o Teatro de Revista Madureira. Era conhecida como a "Estrela do Subúrbio" e "Vedete de Madureira".

Coragem, simplicidade e pailleté

Na Cia. de Walter Pinto, em 27 de abril de 1945, no Teatro Recreio, estava Zaquia Jorge. A revista era Bonde da Laite, revista política feérica, de Luiz Peixoto e Geysa Bôscoli em 2 atos e 23 quadros que atingiu 200 apresentações, sendo prestigiada por mais de 900 mil pessoas e ressaltada pela crítica jornalística.

Participou, também, como corista da célebre revista Canta, Brasil! de Peixoto, Bôscoli e Paulo Orlando, com estréia em 23 de agosto de 1945. O jornalista Salvyano Cavalcanti, no livro Viva o Rebolado, comenta que nesta revista "despontava Zaquia Jorge, com sua beleza esfuziante".

Dercy Gonçalves também tinha a sua trupe e a moça Zaquia lançou seus sorrisos em trabalhos nesta parceria. Fez parte do elenco da revista Sinhô do Bonfim, de Peixoto e Bôscoli, da Companhia Dercy Gonçalves, com estréia datada de 17 de março de 1947 no Teatro João Caetano. Ainda pela observação de Cavalcanti: "subindo a cada peça de girl a soubrette, vedetinha e, logo, estrela."

Enquanto a Cia. de Dercy continuava suas montagens teatrais, na revista Deixa Falar – estréia 15 de maio de 1947, a mudança ocorreria: o elenco reformulava-se e Zaquia, apoiada por Júlio Leiloeiro, traçava novas metas, outros caminhos, rememorando também que obtinha o apoio da crítica especializada devido a sua simpatia, na qual a elegante moça "fazia cada vez mais admiradores", conforme discorre Cavalcanti em seu livro.

Héber de Bôscoli, sobrinho de Jardel Jércolis e Geysa Bôscoli, trabalhava com o programa Trem da Alegria na Rádio Nacional do RJ, porém resolveu investir no formato revista com muita responsabilidade, empresariando e fundando a Organização Teatral e Cinematográfica LTDA., que se dissolveria depois com o passar dos tempos.

Tendo como primeira revista Quero ver isso de perto... de Luís Iglesias, a Cia. De Héber contratou elenco grandioso: Dercy Gonçalves, Oscarito, Renata Fronzi, Iara Sales, dentre outros. Zaquia estava lá, contratada para compor o elenco, estando no palco com a Revista em cartaz no Teatro Carlos Gomes, de 9 de setembro a 17 de novembro de 1949. A estrela contracenara com Oscarito na charge Camisa e no esquete O rádio, no qual nossa querida artista cantava a Penha em um quadro popular.

Com esse novo panorama no universo da diversão, o Teatro de Revista dividiu-se em superproduções para revistas de grande porte e produções mais sucintas para revistas de bolso, encenadas em pequenas salas em vários bairros no Rio de Janeiro, com 150 a 200 lugares. Eram revistas compactadas, com rica estrutura trazendo novamente uma proximidade entre atores e público, resgatando a cumplicidade existente na revista das décadas anteriores, embora apresentando elementos da modernidade revisteira.

Juan Daniel inaugurou o Teatro Follies em 10 de novembro de 1949 e é chegada a hora da moça Zaquia, de belos olhos, despontar – foi contratada pela companhia e promovida a primeira atriz. Destacava-se com Mesquitinha na peça de estréia do Teatro Follies, em Copacabana, no RJ, na empresa Juan Daniel – Já vi tudo, de Mary Daniel e Floriano Faissal.

Em 1950, Juan Daniel e Jorge Murad escreveram uma revista sobre o carnaval, a liberdade existente nessa festa e a descontração dos foliões. Ele vem aí!... tinha direção de recitativo e danças de Mary Daniel e os atores Zaquia Jorge, Evilásio Marçal, Carmen Lamar, dentre outros no elenco.

A revista ficou em cartaz de janeiro até 12 de fevereiro. Seguindo a temporada do ano no Teatro Follies, aponta Tô de olho, com 21 quadros e 1 ato, com o mesmo elenco da peça anterior, ficando em cartaz de 1º de março até 02 de abril. Ainda na mesma empresa, Zaquia atuou na revista Boa noite, Rio, com texto original distribuído em 18 quadros, de Alberto Flores e outros, tendo músicas de César Siqueira e outros compositores.

A estréia aconteceu em 08 de abril de 1950 e permaneceu em cartaz por 3 semanas. A atriz participou dos quadros Boa noite, Rio, Marido Modelo, Responda Segismunda! A criada fez greve, contracenou com Grande Otelo no quadro O novo rico e participou da apoteose final junto a toda a Companhia.

A Companhia de Juan Daniel avançou a década de 50 encenando muitas revistas, porém com diferenciado foco artístico e inegável faro comercial, tendo Luz del Fuego em seu cast. O diretor e pesquisador teatral Delson Antunes, na obra Fora do Sério observa: "Vivendo um período de grande ascensão em sua carreira, a vedete em breve se desligaria da trupe de Juan Daniel para fundar o próprio teatro em Madureira, levando ao subúrbio muitos espetáculos e artistas (...)"

Embora o Teatro de Madureira tenha se configurado posteriormente, em 1952, com muito trabalho e esforço de Zaquia e seu companheiro Júlio Monteiro Gomes, o Júlio Leiloeiro, anteriormente, em 1951, a moça investiu em uma parceria com o ator Fernando Vilar no Teatro de Bolso, localizado em Ipanema (Rua Jangadeiros nº28 A-B) na Praça General Osório.

Zaquia, trabalhando com a comédia, lutou junto ao Serviço Nacional do Teatro através de várias cartas, pedindo apoio ao órgão para auxílio de temporada iniciada em 30 de março de 1951. Constam em documentação da Cia. 11 peças teatrais, dentre elas, A inimiga dos homens - comédia de R. Praxy, com tradução de J. Ribeiro, com sessões noturnas e uma vespertina aos domingos, dividindo-se a comédia em 3 atos, com a morena Zaquia no papel de Maria Cândida.

As pernas da herdeira, de autoria de "De Leone", com direção artística de Esther Leão, foi outra peça de seu repertório, tendo Zaquia como Margot, seguindo-se, assim, a peça O dote, de Arthur Azevedo, a qual a atriz escolheu montar a rigor, com ares de 1907.

Embora todo o esforço tenha sido empenhado para que a Companhia se mantivesse viva em sua criação e com boa manutenção financeira, seus donos propuseram ao Serviço Nacional do Teatro alugar o teatro para que ele não fechasse suas portas. Zaquia preocupava-se com seus companheiros, já que não queria deixar sem trabalho as pessoas que viviam ali em entrega à arte, sendo que pessoalmente tinha o exato conhecimento da batalha por um fascínio – o teatro.

Paralelamente, materializava-se um grande sonho dela, a construção de um teatro no subúrbio. Zaquia percebeu a carência de oferta de espetáculos para o subúrbio e decidiu que o povo que ali morava também poderia ter acesso ao Teatro de Revista, assim como acontecia no Centro e na Zona Sul - bem estruturado e com excelente qualidade.

Em parceria com Julio Leiloeiro e, com peculiar cuidado e estima a linguagem artística, construiu o prodigioso Teatro Madureira, situado à rua Carolina Machado, 386, em frente à estação de trem do bairro. Neste bairro, trouxe a alegria do espetáculo ao público, o entendimento da arte teatral, estabeleceu a criação de uma platéia em uma região que não era bem agraciada com diversões dessa espécie.

O teatro possuía 450 lugares, 12 camarins e muitos camarotes. Com estréia marcada para 23 de abril de 1952, o teatro inaugurou oficialmente em 30 de abril, com a revista Trem de Luxo, escrita especialmente para sua estréia por Walter Pinto e Freire Júnior, com 22 quadros, tendo como cômico Evilásio Marçal. Zaquia participou dos quadros Dona Boa e Brotinhos, Campanha das donas de casa, Velhos amigos, Existencialismo e a apoteose Exaltação à Bahia.

Inicialmente, Zaquia enfrentou uma platéia totalmente desacostumada a ter um teatro tão próximo e a usufruir desta iguaria. O público ainda não havia descoberto o teatro, isto acarretou problemas de bilheteria, mesmo assim tal circunstância não abalou a moça que, com seu senso de marketing aguçado, empregou estratégias para atrair as pessoas - facilitou o acesso das pessoas ao teatro, reduzindo o preço do convite, divulgando constantemente, deixando pessoas assistirem de graça aos espetáculos.

Zaquia permaneceu investindo junto a Júlio no teatro, além do constante diálogo com o S.N.T., escrevendo cartas e nem sempre obtendo o resultado desejado. Buscava apoio das entidades, ajuda financeira para melhor realizar o seu trabalho, pedidos de reavaliação de tarifas pelos direitos autorais das músicas a serem utilizadas nas montagens da empresa, embora sempre tenha tido que segurar firmemente as rédeas financeiras de seu sonho.

Em 1952, constavam na Companhia Zaquia Jorge 17 artistas e, em 1955, 12 artistas e 14 girls, dentre todos, Salúquia Rentini e Carmen Lamar. A atriz fazia questão de fomentar a montagem de peças de autores e compositores nacionais e, juntamente ao cotidiano do teatro, com esforço esmerado, funcionava uma escola para jovens artistas, dando oportunidade aos novos artistas, lá aprendiam representação, canto e coreografia. Muitos por ali passaram e seguiram desenvolvendo trabalhos em outros teatros como Gloria May, Lia Mara, dentre outros.

Avançando a década de 50, o número de peças existentes em revista, oscilava. Apesar da alastrada afeição que a televisão e as telenovelas causaram na população, a revista caminhava, estrelando os palcos cariocas. Ronaldo Grivet, autor da peça A vedete do subúrbio, feita para homenagear Zaquia, conta-nos em sua pesquisa, que o teatro passou a ser o mais freqüentado da cidade, com carros vindos de todos os bairros, e que se prezava pelo uso do duplo sentido nas peças – elemento original do gênero – não eram utilizados palavrões ou assuntos como bebida e tóxico, raramente inseria tipos políticos e destacava a alegria. Teatro de boas intenções, de verdadeira feitura na Arte – esta era a esfera do Madureira e a Companhia Zaquia Jorge.

Em 1953, algumas revistas se destacaram, dentre elas, montagens do Teatro Madureira – Ajuda teu Irmão, Chegou o Guloso, com a grande cantora Aracy Cortes – dama da voz e dos palcos - em participação especial, A galinha comeu, O baixinho é menor e Tá na hora.

Além das obras citadas, o palco do Teatro Madureira projetou as seguintes peças: O negócio é rebolar, Confusão na Arena, Macaco, olha o teu rabo, Tira do dedo do pudim, Bota o Café no fogo, Boca de espera, Vê se me esquece, Pintando o sete, Satélite de Mulheres, Garoto Enxuto, Mengo, tu és Meu, Vai levando, Curió, Tudo é lucro, O pequenino é quem manda, Vamos brincar, Vira o disco, Banana não tem caroço, Alegria do Peru, Sacode a jaca, Mistura e manda, Tudo de fora, Você não gosta.

Zaquia foi homenageada com os sambas Zaquia Jorge – vedete do subúrbio - estrela de Madureira, de Avarese, sendo tema da Escola de Samba Império Serrano, em 1975 e Madureira Chorou, de Carvalhinho e Júlio Leiloeiro, e uma peça A vedete do subúrbio, de Ronaldo Grivet e José Maria Rodrigues.

Madureira chorou

Zaquia Jorge teve morte trágica, na praia da Barra da Tijuca, quando tomava banho de mar em companhia de várias outras artistas. Era comum as vedetes se bronzearem 'al natural' na Barra, por ser uma praia deserta na época. A edição do jornal O Globo de 23 de abril de 1957 assim noticiou a morte de Zaquia Jorge:

"Rapidamente, a notícia foi propagada, e grande número de atores da Companhia da Revista Zaquia Jorge e de outras empresas chegou ao local. Em poucos instantes as brancas areias da praia foram pisadas por centenas de pés, já que também foi grande o número de curiosos que acorreu.

Quando um guarda-vidas retirou, do perau em que caíra, o corpo da vedete, Celeste Aída, uma das que a acompanhavam, abraçou-se ao cadáver, chorando copiosamente. Celeste Aída vira a amiga desaparecer e tudo fizera para salvá-la, não o conseguindo porque era muito fundo o perau. Enquanto ela se esforçava, os dois homens que integravam o grupo e que estavam longe aproximaram-se. Na areia, muito assustadas, cinco girls assistiam à luta de Celeste Aída, sem poder ajudá-la.

Afinal, cansada e desanimada, Celeste Aída voltou às areias, Zaquia Jorge desaparecera e, quando foi encontrada, já estava quase sem vida. Morreu pouco depois..."

"Foi sepultada no Cemitério de São Francisco Xavier, pranteada por artistas e populares, que a reverenciaram como a pioneira do teatro suburbano carioca. Das 6h às 16h30m de ontem, mais de 4.000 pessoas afluíram ao Teatro de Madureira, em cujo palco ficou exposto o corpo da artista. Com a platéia e os balcões apinhados, o ambiente fazia lembrar um grande dia de récita. Contudo, a emoção do público era intensa, guardando os presentes muito respeito.

No palco, no alto, por cima do caixão de Zaquia Jorge, havia um grande quadro de São Jorge. A artista morrera na véspera do dia consagrado ao santo. Ontem fazia cinco anos que inaugurara seu teatro, com a peça Trem de luxo, de Válter Pinto e Freire Júnior. 

Sobre uma fileira de dez cadeiras havia dezenas de coroas entre elas, do Teatro Santana (São Paulo), do Corpo de Bombeiros, das escolas de samba Sampaio e Império Serrano, de inúmeras entidades e figuras da arte e de outros setores. O povo humilde do subúrbio formou filas, subindo ao palco para dar seu último adeus a Zaquia Jorge..."

Em sua homenagem foi composta a música "Madureira chorou", um samba de sucesso no carnaval de 1958.

Madureira chorou (samba, 1958) - Carvalhinho e Julio Monteiro (marido de Zaquia)

Madureira chorou,  /  Madureira, chorou de dor,
Quando a voz do destino,  / Obedecendo ao divino,
A sua estrela chamou.

Gente modesta,  /  Gente boa do subúrbio,
Que só comete distúrbio,  / Se alguém os menosprezar,
Aquela gente,  /  Que mora na Zona Norte,
Até hoje, chora a morte,  / Da estrela do lugar.

Filmografia

Sob a Luz de Meu Bairro (1946); Fantasma por Acaso (1946); Caídos do Céu (1946), Pinguinho de Gente (1949), A Serra da Aventura (1950), Aguenta Firme, Isidoro (1951), A Baronesa Transviada (1957).

Fontes: Wikipédia - Zaquia Jorge; inmemorian - Zaquia Jorge; João do Rio - Zaquia Jorge – coragem, simplicidade e pailleté; MPB CIFRANTIGA - Músicas e cifras; Jornal O Globo (23 de abril de 1957).

A pequena Virgínia Lane

Virgínia Lane (Virgínia Giacone), cantora e vedete, nasceu em 28/2/1920 no Rio de Janeiro, RJ. Foi interna do Colégio Regina Coeli, dos seis aos 14 anos. Estudou, em seguida, no Instituto Lafayette (famoso colégio situado no bairro carioca de Botafogo), chegando depois a cursar o primeiro ano de Direito. Estudou um período com Maria Olenewa na Escola de Bailados do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em 1943, iniciou sua carreira, trabalhando como corista do Cassino da Urca. Por intermédio do maestro Vicente Paiva, tornou-se "crooner" de sua orquestra e, além de atuar no Cassino, passou a se apresentar na Rádio Mayrink Veiga.

Em 1945, depois de apresentações na Rádio Splendid e na boate Tabaris, de Buenos Aires, fixou residência na capital argentina por três anos. Em 1946 lançou pela Continental, seu primeiro disco interpretando a marcha Maria Rosa, de Oscar Bellandi e Dias da Cruz e o samba Amei demais, de Ciro de Souza e J. M. da Silva.

Quando voltou ao Brasil, em 1948, atuou como vedete na revista Um milhão de mulheres, de Chianca de Garcia, encenada no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. A revista rendeu-lhe muito sucesso, o que lhe possibilitou um contrato com a companhia de Walter Pinto, no qual trabalhou por quatro anos em espetáculos no Teatro Recreio.

Em 1951, lançou seu grande sucesso, a marchinha Sassaricando, de Luís Antônio, Zé Mário, pseudônimo de Jota Júnior e Oldemar Magalhães, cantada por ela na revista Eu quero sassaricá, de Luís Iglesias e Freire Júnior, e gravada pela Todamérica em novembro de 1951. A música foi feita de encomenda para a revista Jabaculê de penacho, produzida por Walter Pinto que, adorando o tema, resolveu trocar o nome da revista. O sucesso foi tanto, que a música acabou criando a expressão maliciosa "sassaricar".

A partir de 1952, trabalhou no Teatro Carlos Gomes. No mesmo ano, gravou as marchas Santo Antônio casamenteiro, de Antônio Almeida e Alberto Ribeiro e Balão, de Luiz Antônio. Foi eleita Rainha das Atrizes, pela Casa dos Artistas. Destacou-se em programas da TV Tupi (Espetáculos Tonelux) na década de 1950.

Em 1953, fez sucesso com a marcha Zé Corneteiro, de Lalá Araújo. Em 1954, gravou com sucesso a Marcha do fiu-fiu, que ela assinou com Nelson Castro e Marcha da pipoca, de Luiz Bandeira e Arsênio de Carvalho, de sentido malicioso ou de duplo sentido.

Em 1955 lançou o maxixe No balaio de sinhá, de Arsênio de Carvalho; o samba Portão da casa do Juca, de Rubens Silva e Loé Moulin e Chorinho gostoso, de sua autoria. Em 1956, gravou os cha-cha-chas Aprenda o cha-cha-cha, de C. Garcia e Hello e Um beijinho por telefone, de M. Perdomo, ambos com versão de Alberto Ribeiro.

Em 1957, gravou as marchas É baba de quiabo, de sua parceria com Arsênio de Carvalho e Madame sapeca, de José Roberto e José Batista. Em 1958, gravou Lanterninhas multicores, marcha de sua autoria; Santo Antônio vai me abençoar, baião de Nelson Castro e José Batista e Que palhaço, marcha de sua parceria com William Duba.

Gravou 24 discos em 78 rpm, um pela Continental e os outros pela Todamérica, principalmente com marchinhas de temas maliciosos ou humorísticos, apesar de ter gravado sambas também.

Em 1960, gravou dois discos pela etiqueta Carroussel, incluindo as marchas Meu América, campeão carioca de futebol daquele ano, de Nelson Castro e Marcha da vitória, de Hélio Nascimento, Mirabeau e J. Gonçalves.

No início do ano 2000, continuava a se apresentar em bailes populares de carnaval, na Cinelândia no Rio de Janeiro, com grande agrado do público. Foi uma das artistas de maior prestígio no governo de Getúlio Vargas que, além de ser seu fã, conta-se, chegou a ter um romance com ela.



Fonte: Cantoras do Brasil - Virgínia Lane

Deborah Kerr

Deborah Kerr (Deborah Jane Kerr-Trimmer), atriz, nasceu em Helensburgh, Escócia, em 30/09/1921, e faleceu em Suffolk, Inglaterra, em 16/10/2007). Recebeu um Oscar honorário por sua carreira, que sempre representou perfeição, disciplina e elegância. Foi homenageada pela Rainha do Reino Unido com a Ordem do Império Britânico.

Originalmente treinada como dançarina de balé, teve sua primeira apresentação no palco em 1938, no Sadler's Wells. Depois de mudar de carreira, encontrou sucesso como atriz.

Sua estréia no filme britânico Contraband em 1940 terminou no chão da sala de edição. Mas a isso se seguiu uma série de outros filmes, incluindo um papel triplo no filme The Life and Death of Colonel Blimp, de Michael Powell e Emeric Pressburger. Mas foi seu papel como uma freira com problemas em Narciso Negro, dos mesmos diretores, em 1947, que chamou a atenção dos produtores de Hollywood.

Suas maneiras e sotaque britânicos conduziram a uma sucessão de papéis em que representava honoráveis, dignas, refinadas e reservadas senhoras inglesas. Contudo, Kerr freqüentemente aproveitava uma oportunidade para descartar seu exterior tão reservado. No filme de aventuras As Minas do Rei Salomão, de 1950, filmado em locações na África com Stewart Granger e Richard Carlson, ela impressionou as audiências com tanta sexualidade e vulnerabilidade emocional que trouxe novas dimensões para um filme de ação orientado para o público masculino.


Como Karen (foto acima) em A um Passo da Eternidade (From Here to Eternity), de 1953, ela recebeu a indicação para o Oscar de Melhor Atriz. O American Film Institute reconheceu o caráter icônico da cena do beijo entre ela e Burt Lancaster numa praia do Havaí, no meio das ondas. A organização colocou o filme na lista dos "Cem mais românticos filmes" de todos os tempos.

Kerr recebeu o Globo de Ouro de melhor atriz de comédia/musical de 1957 com o filme O Rei e Eu, com Yul Brynner.

Morreu em Suffolk, na Inglaterra, por problemas decorrentes do Mal de Parkinson, deixando viúvo Peter Viertel, seu marido durante mais de 47 anos.

Filmografia

* Contraband (filme) (1940)
* Major Barbara (1941)
* Love on the Dole (1941)
* Hatter's Castle (filme) (1941)
* Courageous Mr. Penn (1941)
* The Day Will Dawn (1942)
* The Life and Death of Colonal Blimp (1943)
* Perfect Strangers (filme) (1945)
* The Adventuress (1946)
* If Winter Comes (1947)
* Black Narcissus (1947)
* The Hucksters (1947)
* Edward, My Son (1949
* Please Believe Me (1950)
* King Solomons' Mines (1950):
* Quo Vadis (1951) (1951)
* The Prisoner of Zenda (1952)
* Young Bess (1953)
* Thunder in the East (1953)
* Julius Caesar (1953)
* Dream Wife (1953)
* From Here to Eternity (1953)
* The End of the Affair (1955) (1955)
* Tea and Sympathy (1956)
* The Proud and the Profane (1956)
* The King and I (1956)
* Heaven Knows, Mr. Allison (1957)
* An Affair to Remember (1957)
* Bonjour Tristesse (1958)
* Count Your Blessings (1959) (1959)
* Beloved Infidel (1959)
* The Journey (1959)
* The Sundowners (1960)
* The Grass Is Greener (1960)
* The Innocents (1961) (1961)
* The Naked Edge (1961)
* The Night of the Iguana (1964)
* The Chalk Garden (1964)
* Marriage on the Rocks (1965)
* The Eye of the Devil (1967)
* Casino Royale (1967)
* Prudence and the Pill (1968)
* The Gypsy Moths (1969)
* The Arrangement (1969)
* Witness for the Procution (1982) (TV)
* A Woman of Substance (1983) (TV)
* Reunion of Fairborough (1985) (TV)
* The Assam Garden (1985)
* Hold the Dream (1986) (TV)

Fonte: Wikipedia.

Audrey Hepburn, a bonequinha de luxo

Audrey Hepburn (Audrey Kathleen Ruston), atriz, modelo e humanista, nasceu em Ixelles, Bélgica, em 4/5/1929, e faleceu em Tolochenaz, Suiça, em 20/1/1993. É considerada um ícone de estilo e a terceira maior lenda feminina do cinema de acordo com o American Film Institute. Tornou-se um dos poucos artistas a conseguir ganhar as maiores honras de cada arte hollywoodiana: Tony (teatro), Oscar (cinema), Grammy (música) e Emmy (televisão).

Era a única filha de Joseph Anthony Ruston (um banqueiro britânico-irlandês) e Ella van Heemstra (uma baronesa holandesa). Seu pai anexou o sobrenome Hepburn, e Audrey se tornou Audrey Hepburn-Ruston.

Seus pais se divorciaram quando ela tinha 9 anos. Para manter a jovem afastada das brigas familiares, sua mãe enviou-a para um internato na Inglaterra, onde ela se apaixonou pela dança, aprendendo balé. Todavia, em 1939 estouraria a Segunda Guerra Mundial, e a Inglaterra declarou guerra à Alemanha. A mãe de Audrey decidiu então levá-la para viver na Holanda, país neutro que - ela imaginava - não seria invadido pelos alemães. Os protestos de Audrey não foram suficientes: a menina queria continuar na Inglaterra, mas a mãe temia que cidade de Londres fosse bombardeada. Além disso, as viagens estavam escassas, e a baronesa temia ficar muito tempo sem ver a filha.

A situação na Holanda foi bem diferente da planejada. Com a invasão nazista, a vida da família foi tomada por uma série de privações. Audrey teve muitas vezes de comer folhas de tulipa para sobreviver. Envolvida com a Resistência, muitos de seus parentes seriam mortos na sua frente. Ela participaria de espetáculos clandestinos de balé para angariar fundos e levaria mensagens secretas em suas sapatilhas. Anos mais tarde recusaria o papel de Anne Frank no cinema.

Com o fim da Guerra, Audrey e sua mãe mudaram-se para a Inglaterra, onde ingressou na escola de dança Marie Lambert. Mas, como era alta demais e não tinha talento para tornar-se uma bailarina, passou a trabalhar como corista e modelo fotográfica para sustentar a família.

Foi neste ponto que decidiu investir em outra área: a atuação. Sua estreia foi no documentário Dutch in Seven Lessons, seguido por uma série de pequenos filmes. Em 1952, viajou para a França para a gravação de Montercarlo Baby, e foi vista no saguão do hotel em que estava hospedada com o elenco pela escritora Collette. Naquele momento, Collette trabalhava com a montagem para a Broadway da peça Gigi, cujo papel-título ainda não tinha intérprete. Encantada com Audrey, decidiu que ela seria a sua Gigi.

As críticas para Gigi não foram de todo favoráveis, mas era opinião geral que aquela desconhecida que interpretava o papel principal era destinada ao sucesso.

Pouco tempo após o encontro com Collette, Audrey participou de uma audição para o filme A Princesa e o Plebeu. Encantado com a atriz, o diretor William Wyler escalou-a para viver a Princesa Ann, dividindo a cena com Gregory Peck, que também surpreendeu-se com o talento da companheira. O sucesso da produção foi também o de Audrey. Hollywood amou-a imediatamente e a agraciou com o Oscar de Melhor Atriz.


Três dias após a cerimônia do Oscar, recebeu o Tony por sua atuação em Ondine. A peça fora uma sugestão de Mel Ferrer, por quem se apaixonaria durante a temporada na Broadway. Os dois foram apresentados por Gregory Peck em uma festa em 1954 e se casaram em setembro daquele ano. Audrey também faria Sabrina, que rendeu-lhe a segunda indicação ao Oscar.

O filho de Audrey e Mel, Sean, nasceria em 1960. Mas as coisas não foram fáceis até aquele momento: Audrey sofreu diversos abortos. A atriz queria mais do que tudo ser mãe, e as gravidezes falhadas deixaram-na extremamente deprimida. Para animar a esposa, Mel sugeria que trabalhasse. Eles gravaram juntos Guerra e Paz, e ela estrelaria três comédias-românticas (Cinderela em Paris, Amor na Tarde e A Flor que não morreu), um drama (Uma cruz a beira do abismo, que rendeu-lhe a terceira indicação ao Oscar e afastou qualquer dúvida sobre seu talento) e um faroeste (O passado não perdoa).

Após um ano e meio de licença-maternidade, voltou a Hollywood para estrelar Bonequinha de Luxo, em um papel que a transformaria em um ícone e pelo qual seria lembrada para sempre. Por viver a prostituta de luxo Holly Golightly ela receberia sua quarta indicação ao Oscar. Pouco tempo depois filmou Infâmia, Charada e Quando Paris alucina.

Em 1963, recebeu o papel principal do musical My fair lady, o da vendedora de flores Eliza Doolittle. Entretanto, a voz de Audrey não foi utilizada durante as canções, sendo dublada. Isso deixou a atriz extremamente aborrecida e fez com que abandonasse as gravações por um dia. Audrey não foi indicada ao Oscar por esse papel - fato que até hoje é considerado uma injustiça - devido à dublagem e também pela não-escolha de Julie Andrews (que interpretara Eliza na Broadway) para o papel. Andrews ganharia o Oscar daquele ano por seu papel em Mary Poppins.

Em seguida gravaria Como roubar um milhão de dólares, Um caminho a dois e Um clarão nas trevas, este último dirigido por seu esposo em uma falha tentativa de salvar seu casamento. Audrey Hepburn e Mel Ferrer se divorciaram em dezembro de 1968.

Ela decidiu parar de atuar e se casaria novamente apenas seis semanas após o divórcio, com o psiquiatra italiano Andrea Dotti, que conheceu em um iate. Audrey deu a luz a seu segundo filho, Luca Dotti, em 1970. O casal morou por um ano em Roma, para sem seguida a atriz ir viver na Suíça com os dois filhos.

Decidiria voltar a atuar em 1976, estrelando Robin e Marian. Três anos mais tarde retornaria à cena em A herdeira.

Pediu o divórcio em 1980 e o processo se formalizou em 1982. Neste período, gravou Muito riso e muito alegria, e no fim das filmagens conheceu Robert Wolders. Tornaram-se grandes amigos e viveram juntos até a morte de Audrey.

Em 1987 deu início a seu mais importante trabalho: o de Embaixatriz da Unicef. Audrey, tendo sido vítima da guerra, sentiu-se em débito com a organização, pois foi o "United Nations Relief and Rehabitation Administration" (que deu origem à UNICEF) que chegou com comida e suprimentos após o término da Segunda Guerra Mundial, salvando sua vida. Ela passaria o ano de 1988 viajando, viagens estas que foram facilitadas por seu domínio de línguas, pois falava fluentemente francês, italiano, inglês, neerlandês e espanhol.

Em 1989 faria uma participação especial como um anjo em Além da eternidade. Este seria seu último filme. Audrey passaria seus últimos anos em incansáveis missões pela Unicef, visitando países, dando palestras e promovendo concertos com causas.

Em 1993 foi diagnosticada com câncer de apêndice, que espalhou-se para o cólon. Faleceu às 7 horas da noite de 20 de janeiro de 1993, aos 63 anos.

No ano de 2000 foi lançado o filme The Audrey Hepburn Story, uma homenagem a Audrey que gerou críticas da mídia e de fãs, devido à escolha de Jennifer Love Hewitt para o papel principal. O anime REC, faz muitas referências à Audrey Hepburn, inclusive sua personagem principal (Onda Aka) é sua fã declarada, e sonha em um dia ter uma voz como a dela. Além disso, todos os episódios tem nomes baseados em seus filmes.


Filmografia

* 1948 - Dutch in Seven Lessons (documentário)
* 1951 - Monte Carlo Baby
* 1951 - Laughter in Paradise
* 1951 - One Wild Oat
* 1951 - O mistério da torre (The Lavender Hill Mob) (1951)
* 1951 - Young Wives' Tale
* 1952 - The Secret People
* 1952 - We Will Go to Monte Carlo (versão francesa de Monte Carlo Baby)
* 1953 - A princesa e o plebeu
* 1954 - Sabrina
* 1956 - Guerra e paz
* 1957 - Cinderela em Paris
* 1957 - Amor na Tarde
* 1959 - A flor que não morreu
* 1959 - Uma cruz à beira do abismo
* 1960 - O passado não perdoa
* 1961 - Breakfast at Tiffany's (Bonequinha de luxo no Brasil, Boneca de luxo em Portugal)
* 1961 - Infâmia
* 1963 - Charada
* 1964 - Quando Paris alucina
* 1964 - My Fair Lady
* 1966 - Como roubar um milhão de dólares
* 1967 - Um caminho para dois
* 1967 - Um clarão nas trevas
* 1976 - Robin e Marian
* 1979 - A herdeira
* 1981 - Muito riso e muita alegria
* 1989 - Além da eternidade

Prêmios

As impressões da mão de Audrey Hepburn em frente do Great Movie Ride no parque Walt Disney World.
Estrela de Audrey Hepburn na Hollywood Walk of Fame.

Oscar

* 1993 - Prêmio Humanitário Jean Hersholt (homenagem póstuma)
* 1954 - Melhor Atriz (principal) por A princesa e o plebeu

Tony

* 1954 - Melhor Atriz por Ondine
* 1968 - Prêmio especial por sua carreira

Grammy

* 1993 - Melhor álbum de histórias para crianças por Audrey Hepburn's Enchanted Tales (póstumo).


Emmy

* 1993 - Melhor performance individual num programa informativo por Gardens of the World (póstumo).

Além de ter ganho os maiores prêmios de cada área do entretenimento, Audrey Hepburn também ganhou outros prêmios importantes do cinema, como:

BAFTA

* 1965 - Melhor Atriz por Charada
* 1960 - Melhor Atriz por Uma cruz à beira do abismo
* 1954 - Melhor Atriz por A princesa e o plebeu

Globo de Ouro

* 1990 - Prêmio Cecil B. DeMille pelo conjunto de sua obra
* 1955 - Atriz favorita do mundo
* 1954 - Melhor Atriz (filme dramático) por A princesa e o plebeu

SAG

* 1993 - Prêmio pelo conjunto de sua obra

Fonte: Wikipedia.

Hollywood e a telefonia celular

Hedy como Dalila em “Sansão e Dalila”.
Hedy Lamarr (Viena, Áustria, 9/11/1913 — Altamonte Springs, EUA, 19/1/2000), atriz, ficou muito conhecida na Europa por ter aparecido nua em um filme em 1933, e seu papel responsável por seu sucesso em Hollywood, foi o de Dalila em “Sansão e Dalila”.

Depois de seu sucesso em Hollywood, recebeu um convite de Walt Disney para ser inspiração de “A branca de neve” em 1937. Lamarr casou seis vezes e teve três filhos. Foi casada com o austríaco fabricante de armas, Fritz Mandl em 1933 a 1937 e o acompanhou em diversos jantares com a ascendente elite nazista, o que lhe fez ter um conhecimento consideravel sobre a guerra e seus meios.

Porém o que mais impressiona na vida dessa grande atriz, foi uma invenção um tanto quanto usada hoje e que, com certeza, muita gente não acreditaria que veio da mente de uma atriz de Hollywood.

Em uma noite entendiada, Hedy Lamarr e seu amigo, o compositor George Antheil, brincavam de dueto no piano. Ela repetindo em outra escala as notas que ele tocava. O que à levou a pensar que duas pessoas podem conversar entre si mudando frequentemente o canal de comunicação simultaneamente. A partir de tal raciocínio, foi criado o celular.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Lamarr criou um sofisticado aparelho de interferência em rádio para despistar radares nazistas e o patenteou em 1940, usando o seu verdadeiro nome, Hedwig Eva Maria Kiesler. Porém, não foi aceito quando ofereceu a novidade ao Departamento de Guerra norte-americano.

Quando a patente expirou, a empresa Sylvania adaptou a invenção, que hoje é o equipamento que acelera as comunicações de satélite ao redor do mundo e foi usado para criar a telefonia celular.

Fonte: Wikipedia; Mary Diamond's Blog.

Frank Sinatra


Frank Sinatra (Francis Albert Sinatra), cantor e ator, nasceu em Hoboken, New Jersey, EUA, em 12/12/1915, e faleceu em Los Angeles, California, EUA, em 14/5/1998. Considerado uma das maiores vozes da década de 1950 e com mais de 50 anos de carreira, iniciou sua carreira durante a Swing Era e lançou centenas de canções imortalizadas em sua voz, como Killing Me Softly, Strangers in the Night, New York, New York, My Way, Fly Me to the Moon, entre outras.

Filho de imigrantes italianos, foi casado com Nancy Barbato e posteriormente com as atrizes Ava Gardner e Mia Farrow, e com a socialite Barbara Marx, com quem terminou seus dias. Possui duas estrelas na Calçada da Fama, uma por seu trabalho na música e outra por seu trabalho na TV americana. É considerado um dos maiores intérpretes da música no século XX. Teve três filhos: Nancy Sinatra, Frank Sinatra Jr., e Tina Sinatra.

Sem nenhum treinamento formal, Sinatra desenvolveu estilo altamente sofisticado. Sua habilidade em criar uma longa e fluente linha musical sem pausas para respiração, sua manipulação de frases o fez chegar bem mais longe que o usual dos cantores populares.

Artista de grande popularidade, participou da campanha de Franklin Delano Roosevelt para a presidência da república dos Estados Unidos. Seus discos na época vendiam 10 milhões de cópias por ano e Sinatra passou a ser conhecido como "the voice" ("a voz").

No começo dos anos 1950, Sinatra enfrentou vários problemas. Foi acusado de participar da máfia e de envolver-se com o crime organizado. Ao mesmo tempo, seu romance com a atriz Ava Gardner tornou-se público e transformou-se num escândalo, uma vez que Sinatra ainda era casado.

A grande reviravolta ocorreu em 1953, com o lançamento do filme A um Passo da Eternidade. Por sua primorosa atuação no filme, Sinatra ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante. Reconquistando a popularidade, em 1955 foi indicado novamente ao Oscar de melhor ator pelo filme O Homem do Braço de Ouro.

Nas duas décadas seguintes, Sinatra realizou em média um filme por ano. Sua carreira de cantor também cativou mais e mais o público. Milhões de fãs por todo o mundo compraram os seus discos e assistiram às memoráveis apresentações do "blue eyes", como ficou conhecido. Contratado por uma nova gravadora, a Capitol Records, conquistou três álbuns de platina. Sinatra aproximou-se também da bossa nova, gravando canções do compositor Tom Jobim.

Em 1966, Sinatra casou-se com a atriz Mia Farrow, trinta anos mais jovem. O casamento durou dois anos. Oito anos depois, casou-se com Bárbara Marx, que abandonou seu marido, o ator Zeppo Marx, para viver com Sinatra.

Participou ainda de alguns filmes nas décadas de 1970 e 1980. Em 1988, emprestou sua voz para a animação Uma cilada para Roger Rabit.

Teve seu próprio show de TV durante vários anos e nos anos 90 continuou na ativa em concertos e gravações, onde lançou uma série de duetos, inclusive via satélite, utilizando recursos da mais moderna tecnologia.

Seus principais sucessos são Fly me to the moon, My Way e New York, New York. Sinatra também cantou com o brasileiro Tom Jobim. Na oportunidade, Girl from Ipanema brindou o grande encontro.

Com a saúde debilitada, Sinatra parou de fazer shows aos 80 anos, em 1995. No dia 14 de maio de 1998, Frank Sinatra morreu de um ataque cardíaco em Los Angeles, Califórnia.

Filmografia

* 1990 - Listen Up: The lives of Quincy Jones
* 1988 - Uma cilada para Roger Rabbit (Who framed Roger Rabbit?) (voz)
* 1984 - Um rally muito louco (Cannonball run II)
* 1980 - O primeiro pecado mortal (The First Deadly Sin)
* 1977 - Contratado para matar (Contract on Cherry Street) (TV)
* 1974 - Isto era Hollywood (That's Entertainment!)
* 1970 - O mais bandido dos bandidos (Dirty Dingus Magee)
* 1968 - A mulher de pedra (Lady in Cement)
* 1968 - O crime sem perdão (The Detective)
* 1967 - Tony Rome (Tony Rome)
* 1967 - Serviço secreto em ação (The Naked Runner)
* 1966 - Confidências de Hollywood (The Oscar)
* 1966 - Assalto em um transatlântico (Assault on a Queen)
* 1966 - A sombra de um gigante (Cast a Giant Shadow)
* 1965 - Vamos casar outra vez (Marriage On The Rocks)
* 1965 - O expresso de Von Ryan (Von Ryan's Express)
* 1965 - Os bravos morrem lutando (None But The Brave)
* 1964 - Robin Hood de Chicago (Robin and The 7 Hoods)
* 1963 - Os quatro heróis do Texas (4 for Texas)
* 1963 - O bem-amado (Come Blown Your Horn)
* 1963 - A lista de Adrian Messenger (The List of Adrian Messenger) (participação)
* 1962 - Sob o domínio do mal (The Manchurian Candidate)
* 1962 - Tempestade sobre Washington (Advice and Consent) (voz)
* 1962 - Dois errados no espaço (The Road to Hong Kong)
* 1962 - Os 3 sargentos (3 Sergeants)
* 1961 - A hora do diabo (The Devil at 4 O'Clock)
* 1960 - Pepe (Pepe)
* 1960 - Onze homens e um segredo (Ocean's Eleven (1960))
* 1960 - Can-Can (Can-Can)
* 1959 - Quando explodem as paixões (Never So Few)
* 1959 - Os viúvos também sonham (A Hole in the Head)
* 1958 - Deus sabe quanto amei (Some Came Running)
* 1958 - Só ficou a saudade (Kings Go Forth)
* 1957 - Meus dois carinhos (Pal Joey)
* 1957 - Chorei por você (The Joker is Wild)
* 1957 - Orgulho e paixão (The Pride and the Passion)
* 1956 - A volta ao mundo em 80 dias (Around the world in 80 days)
* 1956 - Redenção de um covarde (Johnny Concho)
* 1956 - Alta sociedade (High Society)
* 1956 - Viva Las Vegas (Meet me in Las Vegas)
* 1955 - O homem do braço de ouro (The Man with the Golden Arm)
* 1955 - Armadilha amorosa (The Tender Trap)
* 1955 - Eles e elas (Guys and Dolls)
* 1955 - Não serás um estranho (Not as a stranger)
* 1954 - Corações enamorados (Young at Heart)
* 1954 - Meu ofício é matar (Suddenly)
* 1953 - A um passo da eternidade (From here to eternity)
* 1952 - Ao compasso da vida (Meet Danny Wilson)
* 1951 - Isto sim que é vida (Double Dynamite)
* 1949 - Um dia em Nova York (On the Town)
* 1949 - A bela ditadora (Take me out to the ball game)
* 1948 - Beijou-me um bandido (The Kissing Bandit)
* 1948 - O milagre dos sinos (The Miracle of the Bells)
* 1947 - Aconteceu assim (It Happened in Brooklyn)
* 1946 - Quando as nuvens passam (Till the Clouds Roll By)
* 1945 - Marujos do amor (Anchors aweigh)
* 1945 - A casa em que vivemos (The House I live in)
* 1944 - Vivendo de brisa (Step lively)
* 1943 - A lua ao seu alcance (Higher and higher)
* 1943 - Alvorada da alegria (Reveille with beverly)
* 1942 - Barulho a bordo (Ship ahoy)
* 1941 - Noites de rumba (Las Vegas Nights)

Premiações

* Oscar humanitário, em 1972.
* Indicação ao Oscar de Melhor Ator, por "O Homem do Braço de Ouro" (1955).
* Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, por "A Um Passo da Eternidade" (1953).
* Duas indicações ao Globo de Ouro de Melhor Ator - Comédia/Musical, por "Meus Dois Carinhos" (1957) e "O Bem-Amado" (1963). Vence em 1957.
* Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante, por "A Um Passo da Eternidade" (1953).
* Prêmio Cecil B. DeMille em 1971, concedido pela Associação de Jornalistas Estrangeiros nos Estados Unidos.
* Duas indicações ao BAFTA de Melhor Ator Estrangeiro, por "Não Serás um Estranho " (1955) e "O Homem do Braço de Ouro" (1955).

Grammy

o 1958
+ Best Album Cover - Only The Lonely (Frank Sinatra foi Diretor de Arte. Curiosamente seu primeiro Grammy foi pela pintura da capa)
o 1959
+ Album Of The Year - Come Dance With Me
+ Best Vocal Performance, Male - Come Dance With Me
o 1965
+ Album Of The Year - September Of My Years
+ Best Vocal Performance, Male - It Was A Very Good Years
+ Lifetime Achievement Award
o 1966
+ Album Of The Year - Sinatra: A Man And His Music
+ Record Of The Year - Strangers In The Night
+ Best Vocal Performance, Male - Strangers In The Night
o 1979
+ Trustees Award
o 1982
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - I'll Never Smile Again (Tommy Dorsey With Frank Sinatra & The Pied Pipers)
o 1984
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - In the Wee Small Hours
o 1994
+ Grammy Legend Award
o 1995
+ Best Traditional Pop Vocal Performance, Male - Duets II
o 1998
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - The House I Live In
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - I've Got You Under My Skin
o 1999
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - Frank Sinatra Sings For Only The Lonely
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - September Of My Years
o 2000
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - My Way
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - Songs For Swinging' Lovers!
o 2004
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - Come Fly With Me
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - I've Got The World On A String
o 2005
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - One For My Baby

Fonte: Wikipedia - A Enciclopedia Livre; Biografia de Frank Sinatra - Letras.com.br; 70 anos de cinema - Frank Sinatra; Net Saber - Biografias.

Como surgiu o biquini

Michelini Bernardini
Em 1946, Louis Réard fez pela moda praia uma verdadeira bomba atômica quando “batizou” uma peça de roupa de banho de “biquíni”, nome inspirado no Atol de Bikini, localizado no Oceano Pacífico.

Os testes da bomba atômica foram realizados cinco dias antes. Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, era o grande acontecimento na época, e acabou sendo inspiração para o nome das invenções do engenheiro francês que cuidava do atelier de sua mãe.

Réard se inspirou no local de teste das bombas, o atol de Bikini, no sul do Pacífico, para batizar sua invenção, menor ainda do que a de Heim (por isso acabou se dando melhor e o biquíni estourou no mundo da moda como uma bomba atômica).

Pela origem latina do nome, parece não ter tido escolha mais perfeita para o nome: BI significa “dois” e KINI quer dizer “polegadas quadradas de Lycra”.

A sua idéia era tão desafiante que quando apareceu apenas poucas mulheres tiveram coragem de se exibir usando o biquíni. Quem teve de divulgar a nova sensação foi Micheline Bernardini, dançarina do Cassino do Paris (acostumada a se apresentar em panos mínimos nos musicais noturnos da casa).

Brigitte Bardot em Saint Tropez.
Em 1956, a francesa Brigitte Bardot imortalizou o traje no filme “E Deus Criou a Mulher”, ao usar um modelo xadrez vichy adornado com babadinhos.

O biquíni sofreu proibições em várias partes do mundo e inclusive no Brasil. O tempo foi passando, o biquíni diminuindo de tamanho e nos anos 1960 surge uma peça denominada “engana mamãe”, que de frente parecia um maiô, com uma espécie de tira no meio ligando as duas partes, e, por trás, um perfeito biquíni.

Mas foi no início dos 1970, que um novo modelo de biquíni brasileiro, ainda menor, surgiu para mudar o cenário e conquistar o mundo - a famosa tanga.


Fonte: http://kvinnas.fashionblog.com.br/2/#