terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Oliver Reed
Lon Chaney
Lon Chaney |
Lon Chaney caracterizado como Erik,o Fantasma da Ópera em 1925. |
Bram Stoker
Mundialmente conhecido como o autor do livro Drácula, Abraham "Bram" Stoker nasceu Dublin, Irlanda, em 1847. Aos 16 anos ele ingressou no Trinity College da Universidade de Dublin e filiou-se na Sociedade Filosófica, onde escreveu seu primeiro ensaio, Sensationalism in Fiction and Society.
Tornou-se, mais tarde, presidente desta sociedade e auditor da Sociedade Histórica. Graduou-se em bacharel, com honras, em 1870, indo trabalhar, assim como seu pai havia feito, como funcionário público no Castelo de Dublin, mas continuou estudando meio-período para desenvolver seu mestrado, defendido em 1875.
Stoker era fascinado pelo mundo do teatro (ele ficou impressionado com o ator Henry Irving, que futuramente seria uma figura decisiva na sua vida) e ofereceu-se, sem remuneração, para ser crítico de teatro do jornal Dublin Evening Mail. Suas críticas começaram a aparecer em vários jornais, fazendo com que Stoker fosse bem-recebido nos círculos sociais de Dublin (ele chegaria a conhecer os pais de Oscar Wilde).
Em 1873 foi oferecido a ele a editoração do novo jornal Irish Echo, mais tarde rebatizado como Halfpenny Press, por meio-período e sem remuneração. O fracasso comercial deste jornal o faria pedir demissão em 1874 e, então, ele mergulharia no mundo do teatro, começando a escrever suas primeiras peças de ficção, contos e seriados, que eram publicados nos jornais locais. Seu primeiro texto na linha do terror foi The Chain of Destiny, apresentado como seriado no periódico Shamrock, em 1875.
Neste momento, a figura de Henry Irving entra definitivamente na vida de Stoker. Irving assumiu a direção do Lyceum, em Londres, e convidou Stoker para ser o gerente do teatro. Muitos estudiosos acreditam que a forte figura de Irving, praticamente "sugando" tudo de Stoker, pode ter sido a inspiração para a criação da imagem forte e dominadora do personagem Drácula. A amizade/sociedade entre Stoker e Irving duraria até a morte deste último, em 1905.
Outra figura que pode ter inspirado diretamente o texto de Drácula foi sua esposa, Florence Stoker. Ela era uma das mais lindas e disputadas mulheres de Dublin, tendo sido, inclusive, prometida pelos seus pais para ser a esposa de Oscar Wilde.
Florence escolheu Stoker por causa da segurança do emprego público dele, situação que se alteraria quando ele foi para Londres dirigir o Lyceum. A bela e dominante Florence estava longe de ser a típica esposa dos padrões ingleses da época, ou seja, submissa ao marido: ela se impunha na relação, situação que deixava Stoker constrangido. O domínio de Drácula sobre as mulheres era uma crítica à sua própria vida doméstica.
Durante seus primeiros anos em Londres, Stoker escreveu seu primeiro livro de ficção, uma coletânea de histórias para crianças (Under the Sunset), publicada em 1882. Seu trabalho no Lyceum o obrigava a escrever, sendo que seu primeiro romance publicado, The People, em 1889, nasceu como um seriado para o teatro e foi transformado em livro em 1890.
Os estudiosos não chegaram a uma conclusão das reais razões de Bram Stoker escrever uma obra como Drácula. Podemos notar uma mudança de estilo e temáticas a partir de 1890, pois seus textos ficaram mais ricos e o sobrenatural e o terror ganharam um espaço maior, em particular no conto The Squaw.
Aparentemente, Stoker tomou sua decisão de escrever sobre vampirismo depois de um pesadelo na qual ele viu um vampiro se levantando do túmulo. Ele tinha referências literárias, pois tinha lido Carmilla (1872), de Sheridan Le Fanu, e o conto The Vampyre (1819), de John Polidori, além de tomar conhecimento de discussões sobre o sobrenatural, discussões estas comuns no final do século XIX na Inglaterra.
Mas a inspiração final surgiu nas suas pesquisas sobre um nobre do século XV que viveu na região da Transilvânia, localizada na Romênia, que impediu a penetração dos turcos na Europa, conhecido como Vlad, o Empalador (ou Vlad Tepes), pois este empalava (perfurava com uma madeira pontuda) seus inimigos. O nome Drácula foi tirado do pai deste nobre, chamado Vlad Dracul (este último termo significava diabo ou dragão). E a forma de contar a história através de personagens diferentes em diferentes documentos (diários, cartas, recortes de jornal, etc.) foi inspirada no livro The Moonstone, de Wilkie Collins.
Muitas características da vida de Stoker e da Inglaterra do final do século XIX foram retratadas em Drácula. Já citamos a forte presença de Henry Irving e as dificuldades de Stoker em conviver com Florence - Drácula tinha uma presença poderosa e dominava as mulheres; a presença de um grande número de estrangeiros na Inglaterra, resultado da imigração que ocorreu no período, assustava o homem inglês - não coincidentemente Drácula era estrangeiro, trazendo doenças e desgraças para a "limpa" vida inglesa; sexo e sangue são temas presentes no livro - as doenças venéreas eram o grande temor do homem inglês da época, pois tanto a gonorréia quanto a sifílis eram contraídas através de relações sexuais e contato com sangue, além de não existir cura para ambas; a ciência era fascinante na época - e o confronto entre o sobrenatural Drácula e o mundo científico de Van Helsing deu a vitória a este último.
Publicado em 1897, Drácula recebeu uma acolhida dividida entre a crítica da época, com alguns elogiando a obra como uma poderosa peça de fascinação lúgubre e outros criticando-a pela estranheza da temática e de certa crueza na abordagem. A mãe de Stoker elogiou a obra vigorosamente, comparando-a ao livro de Mary Shelley, Frankenstein. Na época do lançamento do livro, Stoker realizou uma leitura do texto em quatro horas no Lyceum, sendo que o evento foi apresentado completo, inclusive com anúncios, como Dracula, ou The Un-Dead, para proteger a trama e o diálogo de furto literário. Foi a única apresentação dramática de Drácula durante a vida de Stoker.
Nunca mais Stoker escreveria uma obra tão importante como Drácula. Aliás, sua carreira literária entraria em decadência, apesar de ter produzido um grande número de textos na virada dos séculos XIX e XX. Um incêndio no Lyceum destruiu a maior parte do guarda-roupa, adereços e equipamentos, deixando as condições do teatro precárias. A saúde de Henry Irving, já em declínio, piorou. O teatro seria transferido para um sindicato, fechando de vez em 1902.
Irving morreria em 1905. A partir daí, Stoker teria grandes dificuldades para escrever, pois sua saúde também piorara: ainda em 1905 ele teve um derrame e, em seguida, contraiu a doença de Bright, que afeta os rins. Sua saúde foi declinando cada vez mais até sua morte, em sua casa, ocorrida em 12 de abril de 1912.
Florence Stoker herdou os copyrights do marido e deu permissão para o teatrólogo Hamilton Deane transformar Drácula em peça de teatro, o que daria grande fama ao texto de Stoker, precedendo seu futuro sucesso nas telas do cinema - meio este que transformou Drácula num dos mais famosos e conhecidos personagens do século XX.
Por: Orivaldo Leme Biagi, Doutor em História pela UNICAMP, Professor das Faculdades Atibaia (FAAT) e Membro da Academia Literária Atibaiense (ALA).
John Landis
Landis é um caso peculiar na lista dos mestres do terror. De fato, o cineasta trabalhou tantas vezes no gênero como fora dele e não há dúvidas que o seu gênero de predileção é antes de tudo a comédia.
Essa forma de distanciação poderia ter feito de Landis um detestável realizador do gênero, mas, felizmente, o realizador nunca deixou dúvidas sobre o seu amor pelo gênero do fantástico, fazendo sempre prova de um grande respeito para com ele. Assim, John Landis deu-nos alguns dos melhores exemplos da fusão entre o riso e o medo, entre a comédia e o terror.
A sua carreira começou com o chanfrado Schlock em 1973, escrito e realizado pelo cineasta. Este low budget deixou claro de imediato a fusão de gêneros que marcará a sua filmografia. A partir daqui, Landis alternaria puras comédias e filmes de terror paródicos. Seguiram-se, portanto The Kentucky Fried Movie, Animal House, o mítico Os Irmãos Cara-de-Pau (The Blues Brothers), o não menos mítico Um Lobisomem Americano em Londres, Os Ricos e os Pobres", a sua participação em The Twilight Zone: The Movie, o famoso vídeo para Michael Jackson Thriller, as comédias Into the Night, Spies Like Us, Três Amigos, Cheeseburger Film Sandwich e Um Príncipe em Nova Iorque.
Como se pode verificar, John Landis contribuiu muito mais para o gênero da comédia do que para o do terror, mas Um Lobisomem Americano em Londres valeu-lhe uma merecida entrada no clube fechado dos realizadores do cinema fantástico.
Como praticamente todos os realizadores de gênero da sua geração, a entrada nos anos 90 foi complicada para o cineasta e os seus ensaios no cinema foram pouco convincentes, obrigando-o a desenvolver trabalhos para a televisão. No cinema, sucederam-se o fraco Oscar - Minha Filha Quer Casar, a simpática comédia vampiresca Innocent Blood, ou para esquecer Um Tira da Pesada 3", o desnecessário Blues Brothers 2000 e o inconseqüente Susan's Plan.
O seu trabalho para a televisão, como escritor, realizador e produtor, foi mais empolgante nomeadamente com a fabulosa série Dream On.
Será, portanto um pouco abusivo considerar John Landis um mestre do terror, mas há que reconhecer que muitos dos seus filmes, terror ou não, entraram no inconsciente coletivo dos fãs de filmes do gênero e, pensando bem, a sua participação nas duas temporadas de Masters of Horror parece perfeitamente lógica.
Filmografia
2007 - Don Rickles documentary
2006 - Great sketch experiment, The
2004 - Slasher (TV)
1998 - Plano de risco (Susan's plan)
1998 - Os irmãos cara-de-pau 2000 (Blue brothers 2000)
1996 - Os babacas (Stupids, The)
1994 - Um tira da pesada 3 (Beverly Hills cop 3)
1992 - Inocente mordida (Innocent blood)
1991 - Oscar - Minha filha quer casar (Oscar)
1988 - Um príncipe em Nova York (Coming to America)
1987 - As amazonas na lua (Amazon women on the moon)
1986 - Três amigos! (Three amigos!)
1985 - Os espiões que entraram numa fria (Spies like us)
1985 - Um romance muito perigoso (Into the night)
1983 - No limite da realidade (Twilight Zone: The movie)
1983 - Trocando as bolas (Trading places)
1981 - Um lobisomem americano em Londres (An american werewolf in London)
1980 - Os irmãos cara-de-pau (Blue brothers, The)
1978 - Clube dos cafajestes (Animal house)
1977 - Kentucky fried movie, The
1973 - Schlock
George Romero, o mestre dos zumbis
Recentemente, Romero apostou em remakes da sua obra, e assim estreou em 2005 o filme Terra dos mortos para voltar a fazer as delícias dos fãs do gênero. Alguns anos antes, o nome de Romero tinha sido considerado para realizar a adaptação do jogo de vídeo Resident Evil, mas acabou por ser retirado do projeto em detrimento de Paul W. S. Anderson.
Continuando a retomada iniciada em 2005, Romero rodou o filme Diary of the Dead, lançado em 2007. O filme foi produzido com um orçamento menor que o Terra dos mortos. Existem boatos de que ele realize uma continuação direta para Diary of the Dead.
George A. Romero (por Gabriel Paixão)
"Meus filmes sobre zumbis foram tão longe que eu fui capaz de refletir os climas sócio-políticos de décadas diferentes. Eu tenho um conceito de que eles têm uma pequena parte de uma crônica, um diário cinemático do que está acontecendo”.
Se fôssemos capazes de resumir em uma única palavra o que George A. Romero representa para o gênero terror, ela seria nada menos do que Mestre. Considerado como o pai dos filmes modernos sobre zumbis, Romero sempre foi respeitado, homenageado e referenciado neste sub-gênero que ajudou a promover com excelência.
Sua figura simpática, acessível e por vezes tímida na vida pessoal se transforma em um homem com o pulso firme de uma pessoa que sabe o que quer, quando está dirigindo uma produção e tornando-a mais um sucesso.
George Andrew Romero (sim, o A é de Andrew), nasceu no dia 4 de fevereiro de 1940, na cidade de Nova York, Estados Unidos, com descendência cubana, e entrou na renomada universidade Carnegie-Mellon em Pittsburgh no estado da Pennsylvania. Depois de graduado, Romero passa a dirigir pequenos curtas e comerciais.
Ele e alguns amigos formaram a produtora Image Ten Productions no final dos anos 60. Fizeram uma espécie de "vaquinha" levantando cerca de 10 mil dólares para cada um e produzir o que se tornaria um dos filmes de terror mais celebrados de todos os tempos: A Noite dos Mortos Vivos (1968).
Filmado em preto e branco com um orçamento de um pouco mais de 100 mil dólares, a visão de Romero, combinada com um roteiro sólido de autoria própria com auxílio do co-fundador da Image, John A. Russo, trouxe para a produtora um excelente retorno financeiro, alçando status de cult. A importância da produção foi tamanha que em 1999 o filme foi indicado para entrar no registro nacional de filmes do congresso dos Estados Unidos.
Antes de retornar aos mortos-vivos os próximos filmes de Romero foram menos aclamados e conseqüentemente menos vistos, mas não menos curiosos. Nesta fase estão filmes como Estrnhas Mutações (1973) e Martin (1977). Apesar de não obterem o sucesso atingido com A Noite..., estes filmes tem sua assinatura nas críticas e comentários sociais, normalmente relacionados com o terror. Como a maioria de seus filmes, eles foram rodados na cidade favorita de Romero (Pittsburgh, Pennsylvania) ou arredores.
Até que chega 1978 e Romero retorna ao gênero dos zumbis com o filme que conseguiu superar o resultado obtido anteriormente com A Noite dos Mortos Vivos. Despertar dos Mortos foi produzido sem o envolvimento da Image Ten, até então detentora da franquia, pois devido a um erro da produtora na hora de registrar A Noite... acabou transformando-o em um filme de domínio público, como resultado Romero e os investidores originais não receberiam nenhum dinheiro sobre os lançamentos em vídeo.
Filmando em um shopping na Pennsylvania durante a madrugada, Romero conta à história de quatro pessoas que escapam de uma série de ataques de zumbis e se trancam dentro de um lugar em que pensam que é um paraiso até que se tornam vitimas de si mesmos, da cobiça e de uma gang de motoqueiros.
Filmado com um orçamento de apenas 500 mil dólares (dizem que a cifra de 1,5 milhões divulgada foi apenas uma jogada de marketing para ajudar os produtores nas negociações com os distribuidores), o filme arrecadou mais de 40 milhões no mundo inteiro e foi nomeado como um dos filmes mais "cults" de todos os tempos pela revista Entertainment Weekly no ano de 2003. O filme também marcou o início de uma amizade e parceria duradoura entre Romero e o brilhante artista em maquiagem e efeitos Tom Savini.
Despertar dos Mortos abriu as portas para Romero trabalhar com maiores orçamentos e elencos mais estrelados. O primeiro filme desta fase foi Cavaleiros de Aço (1981), onde trabalhou com o ator Ed Harris e em seguida Creepshow (1982) que marcou a primeira, mas não a última, adaptação de um trabalho do escritor Stephen King. Creepshow fez sucesso suficiente para que fosse habilitada uma continuação em 1987 também roteirizada por Romero.
A carreira de Romero deu uma declinada com o encerramento da então trilogia dos mortos com o filme Dia dos Mortos (1985). Sem o mesmo brilhantismo de seus dois filmes anteriores sobre zumbis, a produção derrapou na mão dos críticos que o consideraram bem "nhé", não tendo o sucesso esperado na bilheteria e fazendo com que Romero voltasse ao assunto quase 20 anos depois.
Na seqüência Romero dirige Comando Assassino (1988), sobre um homem tetraplégico e um macaco treinado que vira aos poucos seu instrumento de vingança. Ganhou prêmios em alguns festivais, mas não foi muito celebrado pelo público médio. Depois reparte uma adaptação de um conto de Edgar Allan Poeno filme Dois Olhos Satânicos (1990) com o diretor Dario Argento e em seguida mais uma adaptação de Stephen King com o interessante e subestimado A Metade Negra de 1993.
Sem obter o mesmo reconhecimento em termos de bilheteria dos seus filmes de zumbis, Romero só voltaria à cadeira de diretor após um hiato de sete anos com o filme A Máscara do Terror, sobre um homem cuja face se torna gradualmente uma máscara branca, que também não foi bem e entrou no hiato novamente, desta vez por mais cinco anos.
Mas um pouco antes, em 1998, Romero foi contratado pela produtora de games Capcom para rodar um comercial de 30 segundos para promover o popular game Resident Evil 2, acontece que o comercial foi divulgado nas semanas que seguiram do lançamento jogo e se tornou muito popular no Japão, fato este que fez com que a Capcom formalizasse um convite para que Romero dirigisse a versão cinematográfica do game. Como bem sabemos Romero recusou, em suas palavras: "Não quero fazer mais um filme de zumbis e não quero fazer um filme baseado em alguma coisa que não é minha...". Entretanto um pouco depois o diretor reconsiderou e chegou a escrever um roteiro, embora tenha recebido vários elogios, foi descartado para dar lugar ao tratamento de Paul W. S. Anderson.
Romero demonstrou admiração pelo diretor Zack Snyder após os bons resultados do remake de Despertar dos Mortos, lançado no Brasil como Madrugada dos Mortos (2004), fato este que contribuiu para o retorno do diretor em transformar a trilogia em quadrilogia, não antes de se aventurar no mundo dos quadrinhos ao escrever uma minissérie pela DC Comics em 6 partes chamada "Toe Tags Featuring George Romero" (com arte de Tommy Castillo e Rodney Ramos).
Em 2005 finalmente sai Terra dos Mortos e com criticas positivas e bom retorno financeiro, Romero anunciou mais um filme sobre zumbis: Diary of the Dead, mas rumores que, no começo do mês outubro de 2006, o diretor teria sido hospitalizado por um colapso preocuparam os fãs. Surpreendentemente na metade deste mesmo mês o mestre se sentiu bem o suficiente para continuar sua mais nova obra. Atualmente o filme se encontra em pós-produção para lançamento em meados de 2007.
Curiosidades
- George Romero é casado com a atriz Christine Forrest que conheceu nos sets de Season of the Witch e que quase sempre faz ponta nos seus filmes;
- Foi candidato para dirigir uma versão cinematográfica do livro "A Dança da Morte" de Stephen King, adaptado por Rospo Pallenberg, mas o filme nunca se materializou. Ao invés disto foi adaptada pelo próprio King em uma minissérie de TV;
- Também foi contatado para dirigir Cemitério Maldito, mas desistiu devido a diversos atrasos, passou o bastão para o amigo Tom Savini, que também caiu fora até que finalmente Mary Lambert ficou com o trabalho;
- Começou a fazer filmes quando ainda tinha 14 anos em uma câmera de 8mm;
- Romero colaborou com a empresa de games Hip Interactive na produção de um jogo chamado City of the Dead, mas o jogo foi cancelado devido a problemas financeiros da empresa;
- Segundo George Romero seus 10 filmes favoritos são: Irmãos Karamazov (1958), Casablanca (1942), Dr. Fantástico (1964), Matar Ou Morrer (1952), As Minas do Rei Salomão (1950), Intriga Internacional (1959), Depois Do Vendaval (1952), Repulsa Ao Sexo (1965), A Marca Da Maldade (1958) e Os Contos de Hoffman (1951), muito embora afirme que foi este último que o fez ter vontade de fazer filmes;
Filmografia
2005: Terra dos mortos (Land of the dead)
2000: A Máscara Do Terror (Bruiser)
1993: A Metade Negra (Dark half, The)
1990: Dois olhos satânicos (Due occhi diabolici)
1988: Comando assassino (Monkey shines)
1985: O Dia dos Mortos (Day of the dead)
1982: Creepshow - Show de horrores (Creepshow)
1981: Cavaleiros de aço (Knightriders)
1978: Despertar dos mortos (Dawn of the dead)
1977: Martin (Martin)
1974: O.J. Simpson: Juice on the loose (TV)
1973: Exército de Extermínio (The Crazies)
1972: Season of the Witch / Hungry wives
1971: There's always vanilla
1968: A Noite dos Mortos-Vivos (Night of the living dead)
Fontes: Wikipédia; George A. Romero.
Dario Argento
Mestre do "Horror Italiano", Dario Argento nasceu em Roma, em 7/9/1940. Sua mãe era uma fotógrafa brasileira que se casou com um italiano, Salvatore Argento (produtor de cinema), e decidiu morar na Itália. Por esse motivo, Dario considera-se meio brasileiro. Diz ter familiares e muitos amigos no Brasil.
A crítica o considera como uma espécie de Hitchcock italiano, principalmente quando assina obras de suspense como O pássaro das plumas de cristal e O gato das nove caudas. Da mesma forma como Hitchcock descobriu Psicose, Dario descobriu o horror. Virou o mestre europeu do gênero. "Até os americanos me reconhecem como mestre", admite sem falsa modéstia.
Ele não consegue explicar de onde veio sua atração pelo 'giallo', o nome como o gênero policial é tratado na Itália, porque os pulps, antigamente, tinham capas amarelas (uma característica que não era só italiana; no Brasil também houve a Série Amarela). Mas arrisca uma interpretação. "Não tenho medo de olhar para o meu lado escuro, não vejo os olhos quando vejo a violência do mundo à minha volta." Foi assim que, em sua carreira, o suspense progressivamente foi sendo substituído pelo horror e, por meio dele, Argento gosta de explorar os limites do medo na tela. Mas não prega sustos só por pregar. Está sinceramente interessado em discutir a angústia contemporânea.
Diz que se interessa muito por psicanálise. Jung? Não, Freud. "A Interpretação dos Sonhos é a minha Bíblia; sempre que vou a Viena, nunca deixo de visitar a casa dele." O freudianismo transparece no filme A Síndrome de Stendhal, que costuma passar na TV paga, mas o preferido de Argento é Suspiria. "É belíssimo", define. Belíssima, para ele, também é a sua versão de O Fantasma da Ópera, que saiu só em vídeo no Brasil, com Julian Sands e Asia Argento, sua filha.
Muitos diretores como Brian De Palma e Stanley Kubrick aprenderam com ele a usar um estilo único de movimentação de câmera e mistura de cores que criam efeitos impressionantes na tela.
Filmografia
- 1969: As Plumas de Cristal
- 1975: Prelúdio Para Matar
- 1977: Suspiria
- 1980: A Mansão do Inferno
- 1985:Demons (produção)
- 1986:Demons 2 (produção)
- 1986:Terror na Ópera
- 1990:Dois Olhos Satânicos
- 1993:Trauma
Fonte: baseado num texto de Luiz Carlos Merten
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Christopher Lee, o nosso Drácula
Christopher Frank Carandini Lee, (Londres, 27 de maio de 1922) é um prolífico ator britânico nascido na Inglaterra e
conhecido por sua versatilidade e longevidade cinematográfica, alem de
um notório cantor, dono de uma voz incomparável.
Chris Lee, como é chamado intimamente, ficou conhecido mundialmente
interpretando o Conde Drácula, personagem que encarnou por diversas
vezes pelos estúdios da britânica HAMMER FILMS. (por Gabriel Paixão)
"Existem muitos vampiros hoje em dia. Você só precisa pensar na indústria do cinema...”
De todos os atores que passaram pela telona, poucos foram tão atuantes e
tão importantes quanto Christopher Lee. Seu talento que consegue ser
maior do que sua altura física (1,96 m) e sua voz única e gutural
costumam ser um atrativo a mais em todos os filmes em que participou
(mais de 220 até o momento), desde bagaceiras como Funny Man até grandes blockbusters como O Senhor dos Anéis e
o melhor, defendeu personagens que são lembrados com alegria não
apenas pelos entusiastas do cinema fantástico, mas pelos amantes da
sétima arte em geral.
Se o mundo fosse justo, este homem teria levado ao menos um prêmio da
academia de cinema, entretanto apesar de sua carreira repleta de
elogios, não levou sequer uma indicação ao Oscar... Mas como dizem,
quem precisa de um careca dourado quando se tem milhões de fãs? E é um
pouco da história desta lenda viva que vamos acompanhar agora.
Christopher Frank Carandini Lee nasceu no dia 27 de maio de 1922 em
Londres, Inglaterra, filho do Tenente-Coronel Geoffrey Trollope Lee e
de Marchesina Estelle Marie Carandini di Sarzano, a neta de um
refugiado italiano, mas seus pais acabaram se separando em 1926 e
Marchesina levaria Lee e sua irmã Xandra.
Enquanto Lee ainda era uma criança, sua mãe retornara para Londres e
casara novamente com um banqueiro chamado Harcourt George St. Croix,
primo de Ian Fleming, autor dos livros de James Bond. Entretanto,
futuramente ela se separaria de novo. Depois de estudar no Wellington
College dos 14 aos 17 anos, Lee trabalhou para algumas empresas navais
até o ano de 1941, quando se alistou na força aérea real e lutou na
Segunda Guerra Mundial, onde saiu com a patente de tenente.
Depois de ser liberado do serviço militar, optou pela carreira de ator,
conseguindo um contrato de sete anos com a produtora “Rank
Organization”. Após discutir seu interesse com o seu tio Nicolò
Carandini, o embaixador italiano, acaba começando em pequenas
participações em filmes como Escravo do Passado (1948). Lee também participou brevemente do filme Hamlet (1948) de Laurence Olivier, onde apareceu também seu futuro parceiro de filmes e amigo pessoal, Peter Cushing . Ambos os atores apareceriam no Moulin Rouge (1952), mas contracenariam juntos apenas nos filmes de terror.
Nos primeiros anos da década de 50, Lee participou de numerosos filmes e
produções para a televisão, entretanto o estrelato viria apenas após
sua associação com a “Hammer Film Productions”. Lá, Christopher Lee
começaria com A Maldição de Frankestein (1957), em seguida seu papel mais lembrado, como Drácula em Vampiro da Noite (1958), e depois com A Múmia (1959) e O Cão dos Baskervilles
(1959), todos co-estrelados por Peter Cushing. Lee faria mais filmes
no papel do vampiro Drácula, nas seqüências durante as décadas de 60 e
princípio de 70, totalizando seis filmes neste papel, cinco na Hammer.
Durante este período, ele fez várias participações como Fu Manchu, sendo que o mais notório foi o primeiro da série, The Face of Fu Manchu (1965), e mais um monte de produções na Europa. Com sua própria produtora, a “Charlemagne Productions Ltd.”, Lee fez Terror na Penumbra (1972) e Uma Filha Para o Diabo (1976).
A partir da metade da década de 70, Christopher Lee resolveu descolar
um pouco das produções de terror e finalmente conseguiu conquistar a
América, principalmente com o papel do vilão Francisco Scaramanga em 007 Contra o Homem da Pistola de Ouro
(1974). A partir de então, Lee tornou-se um dos atores mais ocupados
de Hollywood, com diversas produções para a TV e cinema, tanto nos
Estados Unidos quanto na Inglaterra.
A carreira de Christopher Lee é revitalizada no começo do século 21 com
aparições marcantes em duas das franquias mais rentáveis da história
do cinema: O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (2001) e As Duas Torres (2002) como o mago Saruman, e Star Wars: Episódio II - O Ataque dos Clones (2002) e Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith (2005), como o Conde Dooku (ou Dookan, como queiram).
Seu trabalho é reconhecido no ano de 2001 em sua terra natal quando
recebe a “Comenda da Ordem do Império Britânico” por sua contribuição
para a arte, merecidíssimo por sinal. Todo este ritmo de trabalho não
parou no cinema: Lee chegou a dublar personagens em games como “Kingdom
Hearts II” e “GoldenEye: Rogue Agent”, e é claro aguardamos ainda mais
deles.
Claro que enumerar e citar os trabalhos de destaque de Christopher Lee é
uma tarefa que poderia facilmente gerar um livro, mas este texto já é
suficiente para ter idéia da importância de sua presença na sétima
arte, afinal de demônio da noite a lorde Sith, Christopher Lee merece
uma reverência como um dos maiores atores da história.
Curiosidades
- Lee foi o único membro do elenco da trilogia O Senhor dos Anéis
que conheceu Tolkien em pessoa. Ele é declaradamente um fã ávido de
Tolkien e admite que lê toda a trilogia pelo menos uma vez por ano;
- Embora ninguém tenha contado oficialmente, Christopher Lee possui o
maior número de cenas de lutas de espada do que qualquer outro ator;
- Inicialmente foi oferecido a Lee o papel do Dr. Sam Loomis em Halloween (1978). Lee recusou e mais tarde assumiu que foi o pior erro de sua vida;
- É um cantor clássico treinado. Seus dotes musicais podem ser vistos em um trecho do filme The Return Of Captain Invincible (1983) onde ele canta uma canção e na trilha sonora de O Homem de Palha (1973).
Em outubro de 2006, ele lançou um CD intitulado “Christopher Lee:
Revelation”, incluindo músicas como “The Toreador March” e “O Sole Mio”;
- Seu envolvimento com a música inclui uma participação na narração de
algumas faixas dos discos “Symphony of Enchanted Lands II: The Dark
Secret” e “Triumph or Agony”, da banda “Rhapsody of Fire”, chegando a
fazer um dueto com o vocalista Fabio Lione no single “The Magic of the
Wizard's Dream”. “Rhapsody of Fire” é sua banda favorita ao lado da
banda americana “Manowar” (o que demonstra o bom gosto musical do ator);
- Além de primo distante e parceiro de golfe de Ian Fleming, Lee foi a
escolha pessoal do autor para o papel do vilão do primeiro filme de
James Bond, 007 Contra o Satânico Dr. No (1962). Como sabemos o papel ficou com o não menos brilhante Joseph Wiseman, mas Lee seria vilão do agente secreto em 007 Contra o Homem da Pistola de Ouro (1974);
- Vincent Price e Christopher Lee nasceram no mesmo dia (27 de maio) e Peter Cushing nasceu em 26 de maio;
- Um dublê foi utilizado para as lutas com sabre de luz em Star Wars: Episódio II - O Ataque dos Clones.
A face de Lee foi sobreposta ao corpo do dublê. Lee mencionou que em
40 anos desempenhou muitas lutas de espada, mas “nunca mais”,
utilizando suas palavras;
- Christopher Lee é fluente em alemão, francês, espanhol e italiano, além de “se virar” em russo e grego;
- Foi oferecido para Lee o papel de Moff Tarkin em Star Wars (1977). Desistiu e o papel ficou com seu amigo Peter Cushing;
- Possui três papéis em comum com Boris Karloff. Ambos interpretaram “Fu Manchu”, “A Múmia” e “O Monstro de Frankenstein”;
- Estatisticamente, em 85% dos mais de 220 filmes que participou, foram
papéis de vilões e seus picos de produtividade foram nos anos de 1955 e
1970, onde atuou em 9 filmes nestes anos.
- Christopher e sua esposa Gitte Lee foram amigos pessoais de Boris
Karloff e sua esposa, coincidentemente foram vizinhos na Inglaterra;
- De acordo com seu amigo Norman Lloyd, ele tem uma espécie de hobby
excêntrico: era fascinado por execuções públicas e sabia o nome de cada
executor oficial da Inglaterra desde a metade do século XV;
- Durante as filmagens de A Múmia (1959), Lee feriu-se. Todos os
vidros quebrados por Lee eram reais e deslocaram seu ombro, além de
dores nos músculos do pescoço, especialmente quando deveria carregar
uma atriz com os braços estendidos por um pântano, o que machucou seu
ombro consideravelmente;
- Em O Vampiro da Noite (1958), Lee deveria jogar uma mulher em
um cemitério, mas quando a carregou ela era inesperadamente pesada e na
tentativa de jogá-la, Lee caiu junto com ela.
Filmografia
2005 - A Noiva Cadáver (Corpse Bride, The) (voz)
2005 - Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith (Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith)
2005 - A Fantástica Fábrica de Chocolate (Charlie and the Chocolate Factory)
2004 - Rios Vermelhos 2 - Anjos do Apocalipse (Les Rivières Pourpres 2 - Les Anges de l'apocalypse)
2003 - O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei (The Lord of the Rings: The Return of the King)
2002 - O Senhor dos Anéis - As Duas Torres (The Lord of the Rings: The Two Towers)
2002 - Star Wars: Episódio II - Ataque dos Clones (Star Wars: Episode II - Attack of the Clones)
2001 - O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel (The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring)
1999 - A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Sleepy Hollow)
1998 - O Enigma de Talos (Tale of the Mummy)
1997 - Tarot - O Mistério das Cartas (Tarot)
1997 - A Odisséia (The Odyssey) (TV)
1996 - Drácula e os Mortos-Vivos (World of Hammer: Dracula and the Undead, The) (Documentário)
1994 - Funny Man - O Príncipe da Maldade e da Travessura (Funny Man)
1994 - Loucademia de Polícia - Missão Moscou (Police Academy: Mission to Moscow)
1993 - Trem da Morte (Death Train) (TV)
1992 - Double Vision (TV)
1990 - A Ilha do Tesouro (Treasure Island)
1990 - Gremlins 2 - A Nova Turma (Gremlins 2: The New Batch)
1990 - Curse III: Blood Sacrifice
1989 - Enigma dos Deuses (Olympus Force)
1989 - A Volta ao Mundo em 80 Dias (Around the World in 80 Days) (TV)
1988 - Dark Mission
1987 - Mio na Terra da Magia (Mio Min Mio)
1986 - A Idade do Lobo (Girl, The)
1985 - Grito de Terror (Howling II)
1983 - Return of Captain Invincible, The
1983 - A Mansão da Meia-Noite (House of the Long Shadows)
1981 - Evil Stalks This House (TV)
1981 - A Salamandra (Salamander, The)
1981 - A Espera de Golias (Goliath Awaits) (TV)
1981 - O Ajuste de Contas (An Eye for An Eye)
1979 - 1941 - Uma Guerra Muito Louca (1941)
1979 - Passageiros do Inferno (Passage, The)
1978 - Perigo na Montanha Enfeitiçada (Return From Witch Mountain)
1977 - O Dia do Juízo Final (End of the World)
1977 - Starship Invasions
1977 - Poderes Ocultos (Meatcleaver Massacre)
1976 - Dracula père et fils
1976 - Uma Filha Para o Diabo (To The Devil a Daughter)
1975 - Mercenários do Diamante (Killer Force)
1975 - Whispering Death
1975 - Keeper, The
1975 - A Vingança de Milady (Four Musketeers, The)
1975 - A Verdadeira História de Drácula (In Search of Dracula)
1974 - 007 Contra o Homem da Pistola de Ouro (Man With the Golden Gun, The)
1973 - Os Ritos Satânicos de Drácula (Satanic Rites of Dracula, The)
1973 - O Homem de Palha (Wicker Man, The)
1973 - Metrô da Morte (Deathline)
1972 - Terror na Penumbra (Nothing But the Night)
1972 - Drácula no Mundo da Minissaia (Dracula A.D. 1972)
1972 - Desejo de Vingança (Hannie Caulder)
1972 – O Expresso do Horror (Horror Express)
1972 - O Soro Maldito (I, Monster)
1971 – A Casa Que Pingava Sangue (House That Dripped Blood, The)
1970 - Júlio César (Julius Caesar)
1970 - O Conde Drácula (Scars of Dracula)
1970 - El Conde Dracula
1970 - Grite, Grite Outra Vez (Scream and Scream Again)
1969 - O Ataúde do Morto-Vivo (Oblong Box, The)
1969 - El proceso de los brujas
1968 - Vengeance of Fu Manchu, The
1968 - Victims of Terror
1968 - Die folterkammer des Dr. Fu Manchu
1968 - A Maldição do Altar Escarlate (Curse of the Crimson Altar)
1968 - Drácula, o Perfil do Diabo (Dracula Has Risen From the Grave)
1968 - Blood of Fu Manchu, The
1968 - Face of Eve, The
1968 - As Bodas de Satã (Devil Rides Out, The)
1967 - O Passado Tenebroso (Die schlangengrube und das pendel)
1967 - Vengeance of Fu Manchu, The
1966 - Brides of Fu Manchu, The
1966 - Circus of Fear
1966 - Rasputin: The Mad Monk
1966 – Teatro dos Horrores (Theatre of Death)
1966 - Drácula, o Príncipe das Trevas (Dracula: Prince of Darkness)
1965 - Face of Fu Manchu, The
1965 - A Maldição da Caveira (Skull, The)
1965 - As Profecias do Dr. Terror (Dr. Terror's House of Horrors)
1964 - Il castello dei morti vivi
1964 - A Górgona (Gorgon, The)
1964 - Devil-Ship Pirates
1964 - La maldición de los Karnstein
1963 - Katarsis
1963 - O Silêncio (Tystnaden)
1962 - Strangehold
1962 - O Mais Longo dos Dias (Longest Day, The)
1961 - Hércules no Centro da Terra (Ercole al centro della terra)
1961 - Devil's daffodil, The
1961 - Taste of Fear
1961 - Terror of the Tongs
1960 - O Monstro de Duas Faces (Two Faces of Dr. Jekyll, The)
1960 – Horror Hotel (City of the Dead)
1959 - Tempi duri per i vampiri
1959 - A Múmia (Mummy, The)
1959 - O Homem Que Enganou a Morte (Man Who Could Cheat Death, The)
1959 - O Cão dos Baskervilles (Hound of the Baskervilles, The)
1958 - Vampiro da Noite (Dracula)
1958 - A Sombra da Guilhotina (A Tale of Two Cities)
1957 - A Maldição de Frankenstein (Curse of Frankenstein, The)
1955 - O Príncipe Negro (Dark Avenger, The)
1952 - Moulin Rouge (Moulin Rouge)
1952 - O Pirata Sangrento (Crimson Pirate, The)
1948 - Sarabanda (Saraband for Dead Lovers)
1948 - Hamlet (Hamlet)
1948 - Música na Noite (Musik I Moker)
1948 - Escravo do Passado (Corridor of Mirrors)
Fontes: Wikipédia - A Enciclopédia Livre; http://www.bocadoinferno.com/romepeige/artigos/lee.html.
Boris Karloff, o nosso Frankenstein
Ao interpretar em 1931 a lendária criatura de Frankenstein,
Boris Karloff (Dulwich, Londres, 23 de novembro de 1887 - Sussex, 2 de
fevereiro de 1969) consagrou-se como um imortal mito do cinema de
horror, juntamente com Lon Chaney e Bela Lugosi.
Esses ícones do horror marcaram seus nomes na história por suas
marcantes interpretações nas décadas de 1920, 30 e 40, e somados a
Vincent Price, Peter Cushing, John Carradine e Christopher Lee (único
ainda vivo), estes a partir dos anos 50, construíram as bases do gênero
as quais permanecerão para sempre.
Apesar de um pouco menos de um terço de seus 156 filmes (entre mudos e
sonoros) serem de horror, Boris Karloff é considerado um personagem
eterno do gênero.
Nasceu em 23 de novembro de 1887, no subúrbio londrino de Camberwell.
Vindo de uma família de classe média, seu nome de batismo foi William
Henry Pratt. Sua família era composta ainda por mais sete irmãos e uma
irmã e seus pais morreram ainda na sua infância.
Em maio de 1909 ele foi para o Canadá tentar a carreira de ator. Nessa
época criou seu nome artístico e tão conhecido pelo público. Segundo
ele, o nome Karloff veio dos ancestrais russos pelo lado de sua mãe e
Boris foi escolhido ao acaso.
Trabalhou em teatro e rádio até que finalmente em 1919 fez seu primeiro
filme, então com 32 anos de idade, "His Majesty, the American" (United
Artists), um filme mudo dirigido por Joseph Henabery, onde Karloff
aparece apenas como um figurante numa história de aventura.
A partir daí ele apareceu em outros 48 filmes mudos e 15 sonoros, até
consagrar-se em 1931 atuando como o monstro do cientista louco
Frankenstein, uma criatura formada a partir de restos de cadáveres
humanos, no clássico dirigido por James Whale, "Frankenstein". Esse
filme, que inicialmente seria dirigido por Robert Florey e estrelado por
Bela Lugosi (que acabava de atuar em "Drácula"), foi mudado na última
hora e chamaram Karloff para o papel do monstro e Florey e Lugosi
acabaram fazendo "The Murders in the Rue Morgue", baseado em Edgar Allan Poe .
Contando com a ajuda importante do maquiador da Universal, Jack Pierce, a
criatura de Frankenstein tornou-se assustadora e fascinou o público. O
filme foi um grande sucesso de bilheteria e arrecadou cerca de 12
milhões de dólares, superando em muito a modesta produção de 250 mil
dólares.
Nos anos seguintes Karloff foi muito requisitado, principalmente pela
Universal, e estrelou diversos outros clássicos como "The Old Dark
House" (1932), onde interpretou um mordomo mudo e assassino de um
casarão gótico, "A Múmia" (1933), personificando uma múmia egípciade
3700 anos que revive na Inglaterra, e no mesmo ano atuou em "The Ghoul",
primeiro trabalho com produção inglesa, interpretando um professor que
morre e retorna à vida como um zumbi. Foi só em 1935 que Karloff
voltou ao papel do monstro em "A Noiva de Frankenstein", outro sucesso
superando até o original de 1931, fechando a trilogia em 1939 com "O
Filho de Frankenstein", e nunca mais atuando como a famosa criatura que o
imortalizou.
Entre o fim da década de 30 e início dos anos 40, realizou vários filmes
pela Columbia interpretando cientistas loucos em meio as suas macabras
experiências, como podemos ver em películas como "The Invisible Ray"
(O Raio Invisível, 1936), onde Karloff descobre um raio poderoso que o
transformou num assassino, "The Man They Could Not Hang" (1939), sobre
um coração mecânico, "The Man With Nine Lives" (1940), com o tema da
cura do câncer por congelamento, "Before I Hang" (1940), tratando do
rejuvenescimento, "The Devil Commands" (1940), sobre pesquisas das ondas
cerebrais de pessoas mortas, e em "The Boogie Man Will Get You"
(1942), onde o ator cria uma máquina de transformar super-homens.
Em "A Casa de Frankenstein" (1944), ele interpretou um cientista louco
(de novo!) que foge da prisão e ressuscita Drácula (John Carradine),
Lobisomem (Lon Chaney Jr.) e a criatura de Frankenstein (Glenn Strange),
mostrando um argumento no mínimo curioso.
Ainda na década de 40, Karloff fez uma série de filmes pela RKO em
parceria com o produtor Val Lewton. O resultado foi uma série de
pequenas obras-primas do horror como "O Túmulo Vazio" (The Bodysnatcher,
1945) com Bela Lugosi e sendo o último trabalho deles juntos, "Isle of
the Dead" (1945) e "Bedlam" (1946).
Os anos 50 foram fracos para o ator com nenhum filme marcante. Ele fez
alguns trabalhos de humor negro com a dupla de comediantes Abbott e
Costello, e em 1958 interpretou o cientista em "O Castelo de
Frankenstein" (Frankenstein 1970) com Mike Lane dessa vez no papel da
criatura.
Agora é a vez de Roger Corman e sua produtora "American International",
que a exemplo de Val Lewton nos anos 40, fez parceria com Karloff na
década de 60 e rodaram juntos vários filmes ao lado de grandes atores
como Basil Rathbone, Vincent Price, Peter Lorre e Jack Nicholson. Dessa
parceria saíram grandes jóias do humor negro como as produções de 1963
"O Corvo" (The Raven), "Farsa Trágica (The Comedy of Terrors) ou ainda
"Sombras do Terror" (The Terror), onde neste interpretou um velho barão
recluso em sua mansão macabra.
Em 1964 apresentou "Black Sabbath", dirigido pelo cineasta italiano
especialista em horror Mario Bava e dividido em 3 episódios onde Karloff
também interpretou um deles como um vampiro, e em 1965 fez "Morte Para
Um Monstro" (Die, Monster, Die!) baseado em história de H. P.
Lovecraft. Já em 1968 estrelou "Na Mira da Morte" (Targets), fazendo um
ator de filmes de horror (seu alter-ego), dirigido por Peter
Bogdanovich e um de seus últimos filmes.
A partir daí, já bastante idoso, o estado de saúde de Karloff declina
fortemente, com graves problemas respiratórios que o levaram à morte em 2
de fevereiro de 1969, na Inglaterra, aos 81 anos de idade. Mesmo após a
sua morte, vários filmes foram lançados em 1970-71 e que ele havia
rodado em 1967-68. "A Maldição do Artar Escarlate" (The Crimson Cult,
1970) com Christopher Lee e história baseada em H. P. Lovecraft, e
"Cauldron of Blood" (1971) foram filmados com Karloff preso a uma
cadeira de rodas, devido ao precário estado de saúde.
E em 1971 foram lançados quatro filmes com produção mexicana, onde
Karloff filmou sua participação nos Estados Unidos com as cenas sendo
montadas posteriormente no México. Dessa série de filmes, que
tornaram-se grande raridade e cultuados, destaca-se "Serenata Macabra"
(House of Evil) onde interpretou um velho milionário que convoca seus
parentes para a divulgação de seu testamento. O último trabalho da
carreira de Karloff foi na série de TV "The Name of the Game" com o
episódio "The White Birch" em 29 de novembro de 1968.
No total foram 156 filmes de vários gêneros ao longo de 50 anos de
carreira, além de aproximadamente 90 aparições em 75 programas de
televisão diferentes, entre shows e séries. Toda essa vasta filmografia e
suas interpretações marcantes que fizeram a história do cinema
fantástico ao longo desse século, manterão sempre viva sua imagem de
eterno imortal do horror.
Principais filmes de Boris Karloff
* Frankenstein (Frankenstein, 1931)
* The Old Dark House (1932)
* A Múmia (The Mummy, 1932)
* The Ghoul (1933)
* O Gato Preto (The Black Cat , 1934)
* A Noiva de Frankenstein (The Bride of Frankenstein, 1935)
* The Black Room (1935)
* O Corvo, 1935)
* O Raio Invisível (The Invisible Ray, 1936)
* The Walking Dead (1936)
* The Man Who Lived Again (1936)
* O Filho de Frankenstein Son of Frankenstein, 1939)
* The Man They Could Not Hang (1939)
* Before I Hang (1940)
* The Man With Nine Lives (1940)
* The Devil Commands (1940)
* The Boogie Man Will Get You (1942)
* A Casa de Frankenstein (1944)
* O Túmulo Vazio (The Bodysnatcher, 1945)
* Isle of the Dead (1945)
* Bedlam (1946)
* Monster of the Island (1953)
* O Castelo de Frankenstein (Frankenstein 1970, 1958)
* O Corvo (The Raven, 1963)
* Sombras do Terror (The Terror, 1963)
* Farsa Trágica (The Comedy of Terrors, 1963)
* Black Sabbath (1964)
* Morte Para Um Monstro (Die, Monster, Die!, 1965)
* Na Mira da Morte (Targets, 1968)
* A Maldição do Altar Escarlate (The Crimson Cult, 1970)
* The Snake People (1971)
* Invasão Sinistra (The Incredible Invasion, 1971)
* A Câmara do Terror (The Fear Chamber, 1971)
* Serenata Macabra (House of Evil, 1971)
Fonte: Bóris Karloff
BB, a eterna musa francesa
Brigitte estreou no cinema aos 17 anos no filme Le Trou normand (1952) e no mesmo ano, após dois anos de namoro à revelia dos pais, casou-se com Roger Vadim. Em seu segundo filme, Manina, la fille sans voile , suas cenas de biquíni fizeram com que seu pai recorresse à Justiça para impedir que as cenas fossem levadas ao cinema, sem sucesso.
Em Outubro de 2010 foi anunciado na imprensa que Brigitte Bardot pretende candidatar-se à presidência francesa nas eleições de 2012, liderando um grupo ecologista. O jornal Le Parisien, acrescenta que a atriz recebeu a proposta de ser a cara da Alianza Ecologista Independente, uma formação verde dirigida por Antoine Waechter, um conhecido ecologista.
Além de ser a responsável pela popularização de Saint Tropez, na França, ao se mudar para lá no começo dos anos 1960, no verão de 1964 Brigitte Bardot também mudou a vida de uma pequena cidade do litoral do Rio de Janeiro chamada Armação dos Búzios, onde ficou hospedada em suas visitas pelo Brasil, na companhia do namorado Bob Zaguri, um playboy e produtor marroquino que viveu muitos anos no Brasil. Depois da visita de BB, acompanhada diariamente pela imprensa e recheada de fotografias, Búzios foi 'descoberta', virou município e tornou-se um dos pontos mais sofisticados e procurados do verão brasileiro, inclusive por estrangeiros.
Em sua homenagem , a Prefeitura local criou a Orla Bardot, na Praia da Armação, e instalou ali uma estátua de bronze da atriz em tamanho natural. O único cinema do sofisticado balneário leva o nome da atriz. Em sua biografia, ela deixou registrado que os períodos passados na região foram as épocas mais lindas de sua vida. Em 2008 foi filmado o curta-metragem Maria Ninguém sobre a ida de Brigitte Bardot ao Balneário de Búzios, com Fernanda Lima interpretando BB.
Ela é reconhecida por ter popularizado o biquíni usando-o em seus primeiros filmes, nas aparições em Cannes e em dezenas de fotos de revistas.
BB era idolatrada por John Lennon e Paul McCartney, que fizeram planos de fazer um filme dos Beatles junto com ela, nunca realizado, na linha de Os Reis do Iê-Iê-Iê... As primeiras esposas dos dois, Cynthia Lennon e Jane Asher, usavam seus cabelos inspirados na cor e no corte do usado por BB. Ela e Lennon encontraram-se num hotel uma vez em 1968, apresentados pelo agente de imprensa dos Beatles. Segundo ele contou mais tarde em memória, nenhum dos dois impressionou o outro: 'Eu estava numa viagem de ácido e ela estava de saída'.
Em 1970, o escultor francês Alain Gourdon usou Brigitte como modelo para o busto de Marianne, o emblema nacional da França.
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Hitchcock, o mago do suspense
Alfred Hitchcock nasceu em Londres em 13 de agosto de 1899. Estudou engenharia e começou a trabalhar no cinema em 1920, como criador de letreiros de filmes mudos e depois como roteirista.
Dirigiu o primeiro filme em 1925 e no ano seguinte iniciou, com The Lodger (1926), a série de películas de suspense que o fariam famoso. Blackmail (1929; Chantagem), seu primeiro filme sonoro, alcançou grande sucesso.
Depois de um período britânico, com filmes como The Thirty-nine Steps (1935; Os trinta e nove degraus) e The Lady Vanishes (1938; A dama oculta), Hitchcock prosseguiu a carreira nos Estados Unidos, onde sua primeira película, Rebecca (1940; Rebeca, a mulher inesquecível), ganhou o Oscar da Academia para melhor filme.
Posteriormente, realizou Suspicion (1941; Suspeita), com uma inesquecível cena final centrada sobre um copo de leite presumivelmente envenenado, e Notorious (1946; Interlúdio).
Na década de 1950, aperfeiçoou ao máximo suas técnicas de suspense em filme como Strangers on a Train (1951; Pacto sinistro), Rear Window (1954; Janela indiscreta), The Wrong Man (1959; O homem errado) e Vertigo (1959; Um corpo que cai), este último, na opinião de alguns críticos, sua obra-prima.
Hitchcock experimentou mais tarde novos recursos dramáticos e expressivos. Assim, por exemplo, em Psycho (1960; Psicose), o espetacular assassinato da protagonista ocorre logo no início do filme; em The Birds (1963; Os pássaros), o clima de terror é provocado por aves que, inexplicavelmente, começam de repente a atacar as pessoas. Em Torn Curtain (1966; Cortina rasgada) e Topaz (1969; Topázio), histórias convencionais de espionagem, expôs uma clara divisão maniqueísta entre o bem e o mal.
Hitchcock tornou-se uma figura familiar ao grande público ao apresentar na televisão, nas décadas de 1950 e 1960, relatos breves de suspense. Era costume do diretor fazer em seus filmes aparições fugazes, que podiam ir desde subir num trem com um violoncelo até cruzar a tela passeando com um cachorro. Morreu em 29 de abril de 1980 em Bel Air, Califórnia.
Fonte: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.