Bardot
determinou de forma decisiva a imagem da mulher no final dos anos 1950
e início da década de 60. Era uma garota de aspecto natural com um
enorme sex appel, misto de leviandade e ingenuidade. Com
cabelos loiros despenteados, lábios carnudos e grandes olhos escuros,
Brigitte encarnou perfeitamente a mistura fascinante da ninfeta com a femme fatale.
Brigitte Bardot (Brigitte
Anne-Marie Bardot), atriz, cantora e ativista, nasceu em Paris, França,
em 28/09/1934. Conhecida mundialmente por suas iniciais, BB, é
considerada o grande símbolo sexual dos anos 50 e anos 1960. Tornou-se
ativista dos direitos animais, após se retirar do mundo do
entretenimento e se afastar da vida pública.
Seu pai, Louis Bardot, foi um
industrial da alta burguesia francesa. Sua mãe, Anne-Marie, era quatorze
anos mais jovem que seu pai e casaram-se em 1933. Ela recebeu
influência da mãe nas artes da dança e música. Em 1947, foi aceita no
conservatório de dança e música de Paris (Conservatoire National
Supérieur de Musique et de Danse de Paris) e cursou as aulas de balé por
três anos.
Com o apoio e incentivo da mãe,
começou a fazer trabalhos de moda em 1949, aos quinze anos, e em 1950
foi capa da edição de março da revista Elle francesa, trabalho
que chamou a atenção do então jovem cineasta Roger Vadim. Vadim mostrou a
capa da revista ao cineasta e roteirista Marc Allégret, que convidou
Brigitte para um teste para seu filme Les lauriers sont coupés.
BB foi escolhida para o papel, mas o filme acabou não sendo realizado.
Mesmo assim, esta oportunidade fez com que ela pensasse em se tornar
atriz. Mais do que isso, seu encontro com Vadim, que assistiu ao teste,
iria influenciar sua carreira e sua vida.
BB tinha apenas 18 anos quando estrelou seu 1o. filme em 1952.
Brigitte estreou no cinema aos 17 anos no filme Le Trou normand (1952) e no mesmo ano, após dois anos de namoro à revelia dos pais, casou-se com Roger Vadim. Em seu segundo filme, Manina, la fille sans voile , suas cenas de biquíni fizeram com que seu pai recorresse à Justiça para impedir que as cenas fossem levadas ao cinema, sem sucesso.
Brigitte estreou no cinema aos 17 anos no filme Le Trou normand (1952) e no mesmo ano, após dois anos de namoro à revelia dos pais, casou-se com Roger Vadim. Em seu segundo filme, Manina, la fille sans voile , suas cenas de biquíni fizeram com que seu pai recorresse à Justiça para impedir que as cenas fossem levadas ao cinema, sem sucesso.
Entre 1952 e parte de 1956 ela
fez dezessete filmes, nenhum de grande sucesso, dramas românticos ou
históricos, sendo três filmes em inglês, entre eles Helena de Tróia, mas
foi o grande centro de atenção da mídia presente ao Festival de Cannes
de 1953. Vadim não estava contente com isso e achava que Bigitte estava
sendo subestimada pela indústria. A nouvelle vague francesa, inspirada
no neo-realismo italiano, estava começando a crescer internacionalmente e
ele, acreditando que Bardot poderia estrelar filmes de arte nessa
linha, a escalou para o papel principal de seu novo filme, E Deus Criou a
Mulher (1956), com a então jovem sensação masculina do cinema francês,
Jean-Louis Trintignant. O filme, sobre uma adolescente amoral numa
pequena e respeitável cidade do litoral, fez um grande sucesso - e
causou grande escândalo - mundial, transformando BB num sex-symbol, com
suas cenas de nudez correndo as telas de cinema de todo o mundo.
Na moralista Hollywood dos anos
1950, onde o maior símbolo sexual, Marilyn Monroe, no máximo havia
aparecido nas telas de maiô, seu perfil erótico a transformou numa
aposta arriscada para os estúdios, e isso, além de seu sotaque e seu
inglês limitado, a impediram de fazer uma grande carreira no cinema dos
Estados Unidos. De qualquer modo, ela se tornou a mais famosa atriz
européia nos Estados Unidos e permanecer na França beneficiou sua
imagem.
Durante a década de 1960, quando
a Europa, principalmente Londres e Paris, começou a ser o novo centro
irradiador de moda e comportamento e Hollywood saiu por um tempo da luz
dos holofotes, ela acabou eleita a deusa sexual da década. Verdadeiro ou
falso, nesta época se dizia que Brigitte Bardot era mais importante
para a balança comercial francesa que as exportações da indústria
automobilística do pais.
Bardot se divorciou de Vadim em 1957 e
dois anos depois casou-se com o ator Jacques Charrier, que lhe deu seu
único filho, Nicolas-Jacques Charrier, e com quem estrelou Babette vai à
Guerra (1959). Seu casamento foi alvo constante dos paparazzi e houve
choques e mudanças no rumo de sua carreira. Seus filmes se tornaram mais
substanciais, mas isto trouxe uma grande pressão tornando dúbio o seu
status de celebridade do cinema, pois ao mesmo tempo em que tinha
aclamação da crítica na França, continuava sendo a bombshell glamourosa
para o resto do mundo.
Em 1962, filmou com Louis Malle e
Marcello Mastroianni Vida Privada, um filme quase autobiográfico sobre
uma celebridade do cinema sem vida pessoal, graças a perseguição
constante da imprensa. Pouco depois deste filme , BB retirou-se da vida
agitada das metrópoles európéias para uma vida de semi-reclusão,
mudando-se para uma mansão (La Madrague) em Saint Tropez, no sudoeste da
França.
Em 1963 ela estrelou o aclamado
filme de Jean-Luc Godard, O Desprezo, e pelo resto da década seu mito de
ícone sexual foi alimentado por filmes como Histórias Extraordinárias,
com Alain Delon, Viva Maria! com Jeanne Moreau e As Noviças, com Annie
Girardot, entre outros e vários musicais de televisão e gravações de
discos produzidos por Sacha Distel e Serge Gainsbourg.
Em 1973, pouco antes de completar
quarenta anos, Brigitte anunciou que estava encerrando sua carreira.
Após mais de cinquenta filmes e de gravar dezenas de discos, ela
recolheu-se a La Madrague definitivamente, escolheu usar a fama pessoal
para defender os direitos animais e tornou-se vegetariana. Em 1977
atraiu atenção mundial para sua causa ao denunciar in-loco o massacre de
bebês-foca no norte do Canadá.
Em 1986, ergueu uma fundação,
Fondation Brigitte-Bardot, declarada de utilidade pública pelo governo
francês em 1992, e que em 1995 nomeou o Dalai Lama como seu membro
honorário. Entre 1989 e 1992, BB também apresentou na TV francesa uma
série chamada S.O.S. Animaux, co-patrocinada por sua fundação. Entre
outras causas, ela atuou e liderou campanhas contra a caça das baleias,
as experiências em laboratório com animais, pela proibição de brigas
autorizadas entre cães e contra o uso de casacos de pele.
Entusiasta e apoiadora da
política de Charles de Gaulle nos anos 1960, principalmente no tocante à
independência da Argélia, nos anos 1990 entretanto, suas posições
políticas e sociais, sobre a imigração árabe e a homossexualidade, lhe
causaram diversos processos e lhe custaram muito da popularidade
conquistada no cinema e em seu ativismo pró-animais, sendo uma
personalidade hoje antipatizada pela nova geração dos franceses. Seu
livro autobiográfico de 1996, grande sucesso de vendas na França, trazia
diversas referências e críticas principalmente ao Islamismo.
Hoje casada com um
ex-conselheiro do Partido Nacional de Jean-Marie Le Pen, representante
da extrema-direita francesa, entre 1997 e 2003 ela foi processada por
diversas entidades muçulmanas, devido a suas críticas aos imigrantes
islamitas do país, ao crescimento do número de mesquitas, ao sacrifício
de animais usado em vários de seus rituais e foi acusada de racismo e
suposto incitamento anti-racial contra imigrantes, chegando a ser
condenada a pagar 5.000 euros de multas em corte.
Por comentários recebidos como
insultuosos aos homossexuais, feitos em seu livro de 2003, A Scream in
the Silence, que também trata da 'islamização' da França, foi processada
por entidades de defesa de minorias.
Em junho de 2008, BB foi pela quinta
vez condenada num processo de incitação ao racismo por um tribunal de
Paris, sendo obrigada a pagar 15 mil euros de multa. Os protestos de
Bardot tem a ver com os rituais muçulmanos de sacrifício de animais,
durante a tradicional festa Eid ul-Adha, realizada pelos imigrantes de
países islâmicos que vivem no país.
Em Outubro de 2010 foi anunciado na imprensa que Brigitte Bardot pretende candidatar-se à presidência francesa nas eleições de 2012, liderando um grupo ecologista. O jornal Le Parisien, acrescenta que a atriz recebeu a proposta de ser a cara da Alianza Ecologista Independente, uma formação verde dirigida por Antoine Waechter, um conhecido ecologista.
Além de ser a responsável pela popularização de Saint Tropez, na França, ao se mudar para lá no começo dos anos 1960, no verão de 1964 Brigitte Bardot também mudou a vida de uma pequena cidade do litoral do Rio de Janeiro chamada Armação dos Búzios, onde ficou hospedada em suas visitas pelo Brasil, na companhia do namorado Bob Zaguri, um playboy e produtor marroquino que viveu muitos anos no Brasil. Depois da visita de BB, acompanhada diariamente pela imprensa e recheada de fotografias, Búzios foi 'descoberta', virou município e tornou-se um dos pontos mais sofisticados e procurados do verão brasileiro, inclusive por estrangeiros.
Em sua homenagem , a Prefeitura local criou a Orla Bardot, na Praia da Armação, e instalou ali uma estátua de bronze da atriz em tamanho natural. O único cinema do sofisticado balneário leva o nome da atriz. Em sua biografia, ela deixou registrado que os períodos passados na região foram as épocas mais lindas de sua vida. Em 2008 foi filmado o curta-metragem Maria Ninguém sobre a ida de Brigitte Bardot ao Balneário de Búzios, com Fernanda Lima interpretando BB.
Ela é reconhecida por ter popularizado o biquíni usando-o em seus primeiros filmes, nas aparições em Cannes e em dezenas de fotos de revistas.
BB era idolatrada por John Lennon e Paul McCartney, que fizeram planos de fazer um filme dos Beatles junto com ela, nunca realizado, na linha de Os Reis do Iê-Iê-Iê... As primeiras esposas dos dois, Cynthia Lennon e Jane Asher, usavam seus cabelos inspirados na cor e no corte do usado por BB. Ela e Lennon encontraram-se num hotel uma vez em 1968, apresentados pelo agente de imprensa dos Beatles. Segundo ele contou mais tarde em memória, nenhum dos dois impressionou o outro: 'Eu estava numa viagem de ácido e ela estava de saída'.
Em 1970, o escultor francês Alain Gourdon usou Brigitte como modelo para o busto de Marianne, o emblema nacional da França.
Bob Dylan dedicou a ela, como consta
nos créditos de seu primeiro disco, a primeira música que compôs na
vida. Além disso, seu nome consta em dezenas de músicas feitas por
artistas tão diversos como Elton John, Billy Joel, Red Hot Chili
Peppers, The Who, Caetano Veloso e Tom Zé, entre outros.
Fontes: Wikipedia - A enciclopédia livre; Terra Famosos.
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